Escolher um sofá vai muito além do design e da cor. A verdadeira alma do móvel está na sua espuma, o que garante conforto e durabilidade. A densidade é um fator crucial, pois define a quantidade de matéria-prima por metro cúbico, mas a composição, a espessura e o tipo também são fatores importantes. Entenda um pouco mais sobre o assunto para não se perder entre os tipos de “D” e nomes de materiais.
O que significa a densidade da espuma?

A densidade é representada pela letra “D” seguida por um número (ex: D28, D33). Este número indica quantos quilos de material a espuma tem por metro cúbico. Ou seja, uma espuma D28 tem 28 kg de material por metro cúbico. É importante notar que densidade e firmeza não são a mesma coisa; uma espuma pode ser densa e macia ao mesmo tempo. A densidade está diretamente relacionada à qualidade, capacidade de suporte e, principalmente, à durabilidade.
Tipos de espuma para sofá e suas aplicações
- Espuma D20/D23: essas são as espumas de menor densidade, ideais para encostos de sofás, braços e almofadas decorativas. Proporcionam um toque mais suave e macio. Não são recomendadas para assentos, pois sua baixa densidade não suporta o peso do corpo por muito tempo, levando a deformações rápidas.
- Espuma D28: uma das mais usadas em assentos de sofás, oferece um bom equilíbrio entre conforto e durabilidade. É uma ótima escolha para quem busca um sofá com bom suporte, mas com uma sensação de maciez. É ideal para o uso diário, proporcionando uma experiência confortável para pessoas com peso entre 60kg e 70 kg.
- Espuma D33: se a sua prioridade é durabilidade e firmeza, essa é a escolha ideal. A espuma D33 é a mais resistente, garantindo que o sofá mantenha a sua forma original por mais tempo, mesmo com uso intenso. Ideal para pessoas com peso entre 71kg e 100 kg, essa densidade é a melhor opção para quem gosta de um assento mais firme e com excelente suporte para as costas.
- Espuma D45 (e HR): as densidades acima de D33 são indicadas para pessoas com mais de 100 kg, oferecendo suporte e resistência superiores. As espumas do tipo HR (High Resiliency), ou alta resiliência, se destacam por sua capacidade de voltar rapidamente à forma original após a pressão, prolongando ainda mais a vida útil do sofá.
Além da densidade: a importância da espessura e da estrutura

A espessura da espuma também é um fator crucial. Para uso diário, espumas mais grossas (acima de 10 cm) são mais indicadas, pois distribuem melhor o peso e evitam o desgaste prematuro. Em alguns casos, a qualidade do sofá pode ser garantida pela combinação de espumas: uma camada mais densa (como D33) na base e uma camada mais macia (como D20) na parte superior, criando um equilíbrio perfeito entre suporte e conforto.
Além da espuma, é essencial considerar a estrutura do sofá. As percintas — tiras largas e elásticas fixadas na estrutura — funcionam como molas, garantindo a sustentação da espuma e, consequentemente, a maciez e a durabilidade do assento.
Dicas para escolher a espuma para sofá perfeita

- Considere o uso e o biotipo: para sofás de uso diário, a espuma D28 ou D33 é a melhor escolha. Se o usuário regular for mais pesado, uma densidade maior, como a D33 ou até D45, garantirá mais suporte e durabilidade.
- Combine densidades: um bom sofá pode ter densidades diferentes em partes distintas. D33 nos assentos para maior suporte e D28 nos encostos para mais maciez. A combinação de densidades pode oferecer o melhor dos dois mundos.
- Teste o sofá: sempre sente-se no sofá antes de comprar. Sinta o suporte do assento e do encosto. Se o assento afundar muito, a espuma pode ser muito mole. Além disso, verifique a etiqueta do fabricante para saber a densidade e espessura exatas da espuma.
A espuma é a chave para o conforto e a vida útil do seu sofá. Por isso, não se prenda apenas à estética. Ao escolher, lembre-se de que a densidade e a qualidade corretas farão toda a diferença na sua satisfação a longo prazo.
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