Você é do tipo que adoraria usar mais cores para decorar a casa, mas acredita que não sabe combiná-las de um jeito harmonioso? A colorimetria pode te ajudar! Trata-se de um método científico que estuda a percepção das cores pelos seres humanos.
Essa “coordenação da coloração” se baseia no círculo cromático, que traz as cores enxergadas pelo olho humano. Na maioria dos casos, ele é dividido em 12 partes. Cada uma delas representa uma cor. Olhando para o círculo é possível ver quais cores combinam entre si, seguindo um dos três princípios: cores complementares, análogas ou decompostas.
A ferramenta foi criada por Isaac Newton, o inventor da lâmpada, e é muito usada por arquitetos, designers de interiores e até mesmo por empresas de tintas, que a utilizam como base para criar os catálogos, geralmente disponibilizados em lojas de materiais de construção. Conhecendo o círculo cromático, você pode usar e abusar da colorimetria para levar mais cor para a sua casa.
Entendendo melhor a colorimetria pelo círculo cromático
Essa espécie de mandala é composta pelas três cores primárias, três secundárias e seis terciárias:
Cores primárias: amarelo, vermelho e azul.
Cores secundárias: resultam da mistura de duas cores primárias (Por exemplo: amarelo + azul = verde).
Cores terciárias: resultam da mistura das cores primárias com cores secundárias (Por exemplo: amarelo + azul + vermelho = marrom)
A partir dessas cores uma infinidade de outras podem ser criadas. É possível, ainda, adicionar o preto e o branco às cores acima citadas para criar tons mais escuros ou mais claros, respectivamente.
Como usar a colorimetria com o círculo cromático?
Para fazer boas combinações é preciso entender a chamada lei da harmonização. Em entrevista para a Casa e Jardim, a presidente da Associação ProCor do Brasil e consultora em cores Paula Csillag, explica que essa lei nada mais é do que a divisão das cores do círculo em coordenações, sendo três delas as principais: cores complementares, análogas e decompostas. “Saber combinar cores é como criar uma música. Há infinitas possibilidades e depende muito da sensibilidade do criador”, diz a profissional. Mas o que são cada uma dessas coordenações?
Cores complementares
São as que possuem mais contraste entre si e estão em posições opostas no círculo cromático, como o vermelho e o verde. Se a ideia é criar um ambiente com cores fortes, cheio de energia e personalidade, o ideal é que uma dessas cores domine o ambiente e a cor oposta apareça apenas em detalhes. Resulta em máximo contraste, produzindo um efeito de tons vibrantes no espaço.
Cores análogas
São as que estão lado a lado no círculo cromático. Na decoração, é possível adotar tonalidades semelhantes para criar uma unidade ou intercalar com tons neutros, como bege, branco e preto ou laranja, amarelo e verde, por exemplo. Essa combinação serve para criar uma unidade de cor no espaço e resulta em combinações mais suaves.
Cores decompostas
É a combinação entre três cores paralelas que formam um triângulo. A dica aqui é apostar no tom predominante e deixar os outros dois tons distribuídos entre objetos e móveis de forma equilibrada. É possível obter um efeito de alto contraste sem perder a harmonia.
No começo pode parecer complexo. Equilibrar tons neutros exige critério, assim como um mix de cores vibrantes. Mas a colorimetria é um grande aliado na hora de combinar as cores e ajuda muito a criar um ambiente harmonioso e surpreendente. Vale até salvar a figura na galeria do celular para tê-la sempre em mãos.