A moradia está entre as necessidades fundamentais de toda pessoa, o que torna comprar o imóvel próprio um sonho de grande parte dos brasileiros. Porém, quando esse ideal ainda não se realizou, morar de aluguel atende à necessidade imediata de residir.
Mas isso implica diversas situações incômodas, já que pagar aluguel traz muitas desvantagens. As dificuldades começam com os trâmites da locação, que nem de longe compõem o mais tranquilo dos processos. Depois, vêm outros inconvenientes com os quais é preciso conviver durante o período locatício.
Descubra a seguir os 8 principais problemas que você enfrenta vivendo de aluguel.
1. Lidar com a burocracia do processo de locação
Encarar a burocracia e os gastos ligados à locação aparece como o primeiro dos problemas de se morar de aluguel. Logo ao escolher o imóvel, já surgem as exigências a serem satisfeitas antes de ocupar a residência.
Nesse momento em que você decide alugar, já sofre com os transtornos para conseguir fechar o contrato. Documentos e comprovações de todo tipo são indispensáveis, o que deixa o procedimento semelhante a uma maratona.
Há ainda a questão das referências, que muitos cadastros de imobiliárias solicitam. Nesse caso, é preciso fornecer contatos de pessoas que conheçam você e possam confirmar seus dados.
Atender a essas e demais solicitações geralmente é bastante incômodo e trabalhoso. Além disso, existem os custos em torno do processo, relativos a certidões, reconhecimentos de firma, declarações, entre outros — sem contar com o valor do seguro fiança ou depósito antecipado, garantias obrigatórias na maior parte das contratações.
2. Não conseguir formar patrimônio
Todos os meses você separa uma boa parte do salário e paga o aluguel, certo? Isso é justo, já que o pagamento da moradia faz parte dos compromissos assumidos.
Depois, passados 30 dias, lá vem outro depósito a fazer para o dono do imóvel. Já parou para pensar que você está pagando apenas pelo direito de ocupar a residência, sem conseguir formar um patrimônio?
É exatamente isso o que acontece ao alugar um imóvel, pois a pessoa gasta para morar agora, sem investir na construção do seu patrimônio. Pode-se até dizer que, de certa forma, você perde dinheiro ao pagar aluguel.
Imagine quando essa situação se estende por dez anos, por exemplo. Agora, some todo o dinheiro que você vai destinar aos aluguéis durante esse período. Muito provavelmente, o valor calculado seria o suficiente para dar uma boa entrada no financiamento do apartamento próprio, não é?
Perceba que a aquisição do imóvel financiado representa um ótimo investimento a longo prazo, pois você terá formado um patrimônio próprio ao terminar de pagar as prestações. Isso envolve diversas possibilidades, como futuramente vender ou alugar a propriedade.
Caso decida mantê-la na família, sempre terá a segurança de um lugar para morar, deixando o legado para seus filhos.
3. Precisar de autorização para mexer no imóvel
Morar de aluguel significa não ter autonomia sequer para fixar um prego na parede. Toda e qualquer modificação na propriedade, por menor que seja, requer autorização do locador.
Então, ao pensar em mexer no imóvel, lembre-se de que essa decisão não é sua. Seja mudar uma simples torneira, seja redecorar os ambientes, fazer alterações na construção é possível apenas se o proprietário permitir.
Como você não pode reformar e promover alterações, esqueça ideias como instalar armários embutidos nos quartos ou mandar fazer aquele box que deixará o banheiro ultramoderno.
Claro que não é impossível conseguir autorização para tais modificações, já que elas vão valorizar a moradia. Mas, se você optar por realizar tais benfeitorias por conta própria, vai agregar valor ao que não é seu. Ou seja: gastará dinheiro e, na hora de devolver o imóvel, terá de deixar tudo para trás.
4. Ficar incerto quanto ao tempo no imóvel
A imensa burocracia envolvida no aluguel do imóvel traz mais segurança ao proprietário do que a você. A questão do tempo da locação é um bom exemplo disso. Ainda que o contrato padrão garanta a você moradia por 30 meses, o proprietário pode pedir a devolução a qualquer momento.
É claro que há multa prevista para esse caso, mas o valor dificilmente compensa todo o transtorno causado por uma mudança às pressas. Para quem tem crianças ou adolescentes, mudar para longe da escola atrapalha toda a rotina do lar, por exemplo.
Por falar em rotina, o lugar onde se vive é tão fundamental para o cotidiano que uma mudança ocasiona todo tipo de perturbação ao dia a dia. Afinal, nem sempre é possível permanecer no mesmo bairro ou região com a qual se está acostumado.
Quando acontece de ser preciso sair da localidade, alteram-se os horários e iniciam-se os esforços de adaptação ao novo endereço.
5. Estar sujeito às vistorias previstas em lei
Mesmo ao pagar direitinho os aluguéis e cumprir tudo o que está no contrato de locação, você ainda tem a obrigação de abrir sua casa para ser vistoriada. Não há o que reclamar, pois a lei garante ao dono o direito de verificar como está sua propriedade periodicamente.
Nessas ocasiões, é marcada uma visita ao imóvel, durante a qual você tem de receber o proprietário. Ele vai averiguar o estado da residência e analisar se a construção está sendo mantida em ordem. Caso esteja tudo certo, o contrato terá continuidade e novas vistorias serão marcadas.
Entretanto, se o dono da casa ou do apartamento encontrar o imóvel em mau estado, pode pedir que seja interrompido o contrato. Isso significa que, independentemente de como andam as finanças do lar, é obrigatório investir recursos nos reparos e nas manutenções.
Caso chegue a época da vistoria e a residência não esteja 100% arrumada, os transtornos e gastos tendem a ser ainda maiores.
6. Enfrentar os reajustes de preço
A lei permite que o valor dos aluguéis seja reajustado periodicamente, conforme a inflação calculada. Na hipótese de a economia estar em crise, os preços todos sobem, elevando o aluguel.
Como se não bastasse ter de contornar as dificuldades típicas dos tempos apertados, será preciso arcar com os aluguéis ainda mais caros. Na renovação do contrato (caso aconteça), é grande a chance de o aluguel ficar mais alto a partir do novo período.
Inclusive, muitas vezes acontece de o bairro receber incrementos à infraestrutura, como mais comércios, aumento da oferta de transporte público, abertura de novas vias e outras melhorias.
A localidade se valoriza a partir daí e, para usufruir das novas vantagens, você tem que pagar mais caro por sua residência. Como boa parte do seu orçamento já está comprometida com o aluguel, pode ficar impossível acompanhar o aumento do valor.
7. Ter dificuldade em encontrar um bom imóvel com preço justo
Como quem mora de aluguel está sempre às voltas com mudanças de residência, enfrenta a dificuldade de encontrar um imóvel compatível com suas necessidades. Quando acha a casa ou o apartamento ideal, a pessoa tem que conciliar seu custo ao orçamento doméstico.
Isso sem falar nas restrições ao perfil familiar que muitos proprietários de imóveis fazem aos candidatos a inquilinos. Quem tem família numerosa muitas vezes encontra problemas para conseguir um imóvel, pois os locatários dão preferência a alugar para menos pessoas.
Tutores de animais, então, passam por verdadeiras batalhas ao buscarem por um novo endereço para a família. Isso significa vivenciar uma autêntica insegurança a cada vez que é preciso achar uma nova residência.
8. Passar por constantes mudanças de endereço
Não saber onde morar quando terminar o período locatício abala o humor de qualquer pessoa. Assim é a realidade que se experimenta ao viver de aluguel, pois em algum momento será preciso devolver o imóvel ao dono.
Essa certeza de precisar mudar de moradia reduz a qualidade de vida, na medida que não permite desfrutar de uma segurança quanto ao amanhã. Note que o lar é o porto seguro de todas as pessoas, sendo a partir dele que tomamos as mais importantes decisões da vida.
Por isso, não se sentir realmente fixado a uma residência, tendo de se programar para mudar a cada término de locação, é um sério obstáculo às sensações de realização e bem-estar. Quem pretende se casar (ou já casou e está programando aumentar a família) sabe bem como não ter um lugar para chamar de seu atrapalha a execução dos planos.
Fora esses aspectos desfavoráveis, há também os pontos relacionados ao transporte da mobília, que nas mudanças sofre danos e quebras. Para finalizar a lista dos males ligados a mudar periodicamente, destacamos as despesas com o transporte de móveis e utensílios para a nova moradia.
Viu só como viver de aluguel envolve dificuldades que vão muito além da burocracia com a contratação? Para solucionar esses problemas, o ideal é adquirir seu próprio imóvel. Assim, você constrói um patrimônio, adquire autonomia sobre o bem e tem a segurança de só se mudar quando quiser.
Atualmente, com as diversas linhas de financiamento disponíveis, deixar de pagar aluguel está bem mais simples. Esses créditos imobiliários, quando obtidos junto a uma construtora sólida e confiável, preveem entradas facilitadas em até 60 meses. As prestações chegam a sair mais em conta do que a maioria dos aluguéis. Então, não espere mais: decida-se logo a morar no que é seu!