Dentro de casa, é fácil criar hábitos tão automáticos que nem se percebe quando eles podem ser perigosos. Ligar vários aparelhos em um único adaptador ou acender uma vela perfumada perto da cortina parecem gestos inocentes, mas a verdade é que esses pequenos hábitos escondem riscos que, com o tempo, podem se transformar em grandes problemas. .
O ponto é que ninguém faz isso por descuido proposital. São práticas comuns, herdadas no convívio familiar ou simplesmente incorporadas à pressa da rotina. Confira a seguir se você tem um desses hábitos e a importância de evitá-los.
10 hábitos perigosos em casa que você nem percebe
Para ajudar a manter a casa segura e a família protegida, listamos 10 hábitos que vale a pena repensar e como ajustar cada um deles sem perder praticidade no dia a dia. Confira!
1. Exagerar nos adaptadores e extensões

O famoso “T” ou benjamin é quase um personagem clássico das casas brasileiras. Afinal, parece que nunca temos tomadas suficientes para tudo o que precisa estar conectado. Carregador de celular, TV, videogame, modem, cafeteira… a lista não acaba. No entanto, sobrecarregar uma única tomada com vários aparelhos ao mesmo tempo é um dos hábitos mais perigosos dentro de casa.
Essa prática aumenta o risco de superaquecimento, curtos-circuitos e até incêndios. A situação fica ainda mais crítica quando usamos adaptadores e extensões de qualidade duvidosa, comprados sem certificação. Por isso, o ideal é distribuir melhor os aparelhos entre os pontos de energia da casa e, se for preciso, investir em novas tomadas ou em uma régua de energia com proteção contra sobrecarga.
2. Deixar aparelhos ligados na tomada

É prático terminar de carregar o celular e deixar o carregador plugado ou manter a TV e o micro-ondas sempre no stand-by. Mas esse hábito, além de aumentar o consumo de energia, o famoso “gasto fantasma”, também traz riscos de superaquecimento e curto-circuito.
Carregadores, em especial, podem esquentar mesmo sem estarem em uso, e se ficarem próximos a cortinas, sofás ou outros materiais inflamáveis, o perigo cresce. A recomendação é simples: terminou de usar, tire da tomada.
O uso de aquecedores de ar portáteis também deve ser feito com muita cautela. Por demandar muita energia, eles podem sobrecarregar a tomada ou até mesmo o cabo, emitindo gases silenciosos, mas prejudiciais à saúde.
3. Acumular gordura no fogão e no exaustor

Na correria, nem sempre dá tempo de limpar o fogão logo depois de cozinhar. Mas a gordura acumulada nas bocas, no forno ou no filtro do exaustor é combustível para incêndios domésticos. Uma chama mais alta ou uma faísca pode ser suficiente para iniciar um fogo.
O ideal é incluir a limpeza da cozinha na rotina, especialmente em áreas onde a gordura se deposita com facilidade. Trocar ou lavar os filtros do exaustor regularmente é outra medida importante. Além de segurança, isso garante que o aparelho tenha mais vida útil.
4. Tapar saídas de ar ou ventilação

Geladeiras encostadas demais na parede, ar-condicionado sem espaço para “respirar” ou até móveis bloqueando janelas de ventilação são situações mais comuns do que parecem. O problema é que, quando o ar não circula como deveria, os aparelhos trabalham em sobrecarga, gastam mais energia e podem superaquecer, aumentando o risco de pane elétrica.
Então, é essencial respeitar os espaços mínimos indicados pelo fabricante e garantir que a ventilação natural da casa não seja bloqueada por móveis ou objetos. Isso é especialmente importante em cozinhas com móveis planejados que incluem forno embutido. Há uma série de pequenas regras a serem respeitadas para garantir o fluxo de ar. Consulte o manual do forno.
5. Improvisar reparos caseiros em instalações

Trocar um fio desencapado enrolando fita isolante de qualquer jeito ou adaptar mangueiras de gás sem a devida certificação pode parecer uma solução rápida, mas é um grande perigo. Problemas elétricos e de gás exigem conhecimento técnico, e improvisos são um dos principais causadores de acidentes domésticos.
Em vez de arriscar, vale recorrer a um profissional qualificado para garantir a segurança da instalação. O gasto com mão de obra pode parecer alto na hora, mas é muito menor do que o prejuízo de um acidente.
6. Acender velas ou incensos perto de tecidos e móveis

Velas decorativas ou incensos perfumados deixam o ambiente aconchegante, mas podem se transformar em risco se forem deixados próximos a cortinas, toalhas ou móveis de madeira. Portanto, sempre use suportes firmes e mantenha distância de materiais inflamáveis. Outra opção segura é apostar em velas elétricas ou aromatizadores de tomada, que trazem o mesmo clima e diminuem o risco de acidentes.
7. Misturar produtos de limpeza na hora da faxina

Na pressa de deixar tudo brilhando, muita gente combina produtos de limpeza sem pensar duas vezes: água sanitária com desinfetante, cloro com amônia ou até álcool com outros químicos. Porém, essas misturas liberam gases tóxicos que podem causar desde irritação nos olhos e dificuldade para respirar até intoxicações graves e fatais.
O ideal é nunca improvisar combinações. Cada produto já foi formulado para agir sozinho de forma eficaz e segura.
8. Tapetes soltos e pisos molhados

Quedas dentro de casa são muito mais comuns do que parecem e podem trazer consequências sérias, principalmente para idosos e crianças. Tapetes que deslizam ou pisos molhados ou escadas sem apoio são alguns dos principais vilões. Para prevenir, aposte em tapetes com base emborrachada e pisos antiderrapantes em locais molhados, como o banheiro.
9. Bloquear rotas de fuga

Corredores cheios de móveis, caixas empilhadas ou portas trancadas sem chave por perto podem parecer detalhes, mas em uma situação de emergência, como um incêndio, tornam a saída muito mais difícil. Ter rotas de fuga desobstruídas e acessíveis é fundamental para garantir segurança.
10. Esquecer da manutenção preventiva

Instalações elétricas antigas, encanamentos enferrujados ou equipamentos de gás sem revisão são riscos silenciosos. Quando a manutenção não é feita regularmente, pequenos problemas podem se transformar em grandes acidentes sem aviso prévio.
A prevenção inclui contratar profissionais para revisões periódicas, trocar peças desgastadas e manter equipamentos em bom estado. É um investimento que garante tranquilidade e segurança no dia a dia.
Cuidar da casa vai além da decoração e do conforto, pois envolve também atenção aos hábitos que repetimos sem perceber. Pequenos gestos, como tirar um carregador da tomada ou evitar misturas perigosas na faxina, são escolhas que protegem tanto o lar, quanto quem vive nele.