A conquista da casa própria é um desejo para boa parte das pessoas. Mais do que uma grande aquisição, isso implica gerar patrimônio e conseguir um pouco mais de tranquilidade para enfrentar os problemas que surgirem no futuro. Por isso, você confere a seguir o que é preciso para financiar um imóvel.
São diversas instituições financeiras que oferecem essa modalidade de crédito, incluindo bancos públicos ou privados. No entanto, muita gente não sabe ao certo como proceder para simular as parcelas e conseguir a tão sonhada aprovação. Continue lendo e descubra como fazer isso!
O que é e como funciona o financiamento?
O financiamento habitacional é uma modalidade de crédito destinada para pessoas que desejam realizar o sonho da casa própria. É extremamente popular no Brasil, que conta com um mercado imobiliário muito valorizado, dificultando o pagamento à vista por uma propriedade, especialmente nos grandes centros urbanos.
Vale lembrar que você pode financiar não apenas a aquisição de unidades novas e usadas, mas também a compra de terrenos ou construção, que vêm sendo uma alternativa bastante procurada hoje em dia. É uma oportunidade que pode ser oferecida por bancos públicos e privados, além de instituições financeiras, construtoras e incorporadoras.
Via de regra, clientes que já contam com uma relação com um banco conseguem condições melhores, como juros mais baixos e prazos mais extensos, pois a empresa tem mais segurança de que os pagamentos serão feitos em dia, reduzindo o risco de inadimplência. Porém, em construtoras, a burocracia costuma ser menor e os benefícios mais interessantes.
O que é preciso para financiar um imóvel?
Como dissemos, manter uma boa relação com a empresa que oferecerá o crédito ajuda muito na hora de obter aprovação no seu financiamento habitacional. No entanto, existem outras exigências que costumam ser feitas por essas instituições, que podem variar de local para local, mas que também costumam seguir determinados padrões.
A maioridade civil, por exemplo, é inegociável: o requerente precisa ter mais de 18 anos ou ser legalmente emancipado. Outro ponto crucial é conseguir comprovar renda suficiente que demonstre capacidade de pagamento, levando em conta que as prestações não devem ser maiores do que 30% da renda familiar mensal.
É altamente recomendável ter o nome limpo, sem a inclusão em órgãos de proteção ao crédito, como o SERASA e o SPC. Se você está achando esse processo muito burocrático, uma alternativa é comprar uma casa ou apartamento na planta, negociando diretamente com a construtora e experimentando os benefícios que ela pode proporcionar.
Quais os documentos para financiar um imóvel?
Mais uma vez, as exigências podem variar de acordo com o local no qual você está solicitando o crédito e as construtoras tendem a ser muito menos burocráticas. No entanto, para cada etapa do financiamento, é normal que as instituições responsáveis solicitem alguns documentos específicos, que podem variar de uma empresa para a outra.
De uma forma geral, o mais comum é apresentar aquela papelada mais tradicional, como a Carteira de Identidade (RG), CPF, comprovante de residência e Certidão de Nascimento ou Casamento. Para a questão da renda, você poderá apresentar contracheques, holerites, imposto de renda e até extratos bancários, no caso de autônomos.
A ideia é demonstrar para os credores que eles não terão riscos em emprestar o dinheiro para você, demonstrando sua capacidade de arcar com as prestações no prazo, sem atrasos ou problemas. Fique atento em relação às datas de validade e com o estado de conservação, para que todos sejam devidamente aceitos e tenham valor legal.
Quais as etapas de um financiamento?
Agora que você já entendeu o que é um financiamento imobiliário, viu o que é preciso para financiar um imóvel e quais os documentos necessários para isso, vamos mostrar quais são as principais fases do processo.
Tente atender aos requisitos básicos
Para financiar um imóvel, você deve atender a alguns requisitos básicos que são exigidos pelas instituições financeiras para que concedam a aprovação do financiamento. Afinal, pouco adianta você seguir todas as etapas e achar uma propriedade perfeita, se você não cumprir as exigências do banco em questão.
As condições impostas não são complexas, como ter maioridade civil — ou seja, ser maior de dezoito anos —, além de comprovar rendimentos que sejam suficientes para indicar capacidade financeira de quitar as parcelas (geralmente 30% da sua renda). Outro ponto essencial é não ter o nome em órgãos de proteção de crédito, como o SERASA e o SPC.
Faça a simulação do financiamento
O passo seguinte é ir até os bancos e fazer simulações de financiamento. Existem muitas opções no mercado e cada uma delas conta com vantagens e desvantagens. No Brasil, a Caixa Econômica Federal é o maior concessor de empréstimos imobiliários. Caso você já seja correntista, conversar com o seu gerente é uma boa ideia.
Se você estiver com o tempo curto ou desejar um pouco mais de praticidade, você pode fazer isso por meio da internet, visitando os sites dos próprios bancos. Escolha e priorize aqueles que ofereçam as melhores condições para você, ou seja, taxa de juros mais baixas e uma boa duração de contrato, por exemplo.
Efetive a solicitação do empréstimo
Depois de peneirar as melhores opções do mercado, você pode tomar uma decisão. Ao escolher o banco que proporcione as condições mais favoráveis para o seu perfil, você deve efetivar a solicitação do financiamento, entregando todos os documentos solicitados para que o processo de análise de crédito comece.
Assine o contrato com a instituição
Uma vez que o banco confirme as suas informações e verifique que o seu nome não está cadastrado em listas de restrição ao crédito, você obterá a aprovação. O banco analisará o imóvel, emitindo um laudo que confirme o seu valor. Não havendo pendências ou discordâncias, você pode, finalmente, assinar o contrato.
Quais as variáveis compõem um financiamento?
Se você chegou até aqui, é bem provável que já esteja virando um verdadeiro expert em financiamentos imobiliários, não é mesmo? São muitos detalhes e etapas que são envolvidas no processo, até que você se torne um verdadeiro proprietário. Para terminar, vamos mostrar quais as mais relevantes variáveis que compõem as prestações.
Amortização
Qualquer pessoa que esteja considerando um financiamento imobiliário já deve ter ouvido falar sobre o termo amortização. Amortizar significa pagar parcialmente o saldo devedor, ou seja, ir quitando as parcelas. Ela é obtida quando subtraímos o valor total do empréstimo pelo prazo restante, sendo atualizada todos os meses.
Aliás, vale lembrar que existem alguns tipos de amortização disponíveis no Brasil, sendo os mais conhecidos as tabelas Price e SAC. A primeira, também chamada de Sistema Francês, se caracteriza por proporcionar um valor de prestação fixo, enquanto na segunda elas são descendentes, diminuindo com o passar do tempo.
Juros
Também não dá para falar em financiamentos imobiliários sem citar os tão famosos juros. Eles são, na realidade, o custo do capital financiado, ou seja, a maneira pela qual a empresa credora obterá lucro com a operação. Trata-se de uma alíquota com incidência sobre o saldo devedor, cobrada todos os meses nas prestações.
Como dissemos, os juros podem variar bastante de acordo com a instituição e o perfil do cliente, sendo muito menores quando já existe uma relação entre eles ou quando há um histórico positivo de bom pagador, por exemplo. Programas do Governo, como o Casa Verde e Amarela, costumam oferecer condições ainda melhores.
Seguros
Muita gente não sabe, mas as prestações de um financiamento habitacional também são compostas por alguns tipos de seguros. Eles servem para trazer mais tranquilidade para todos os envolvidos no processo, tanto credores quanto clientes. Tenha em mente que entrarão em vigência a partir da data de assinatura do contrato.
Os dois mais importantes são o MIP e o DFI. O primeiro é o de Morte e Invalidez Permanente, que afiança o pagamento do saldo devedor caso o solicitante venha a falecer. Por isso, tende a ser mais caro para pessoas mais velhas. Já o segundo é o de Danos Físicos do Imóvel, assegurando a propriedade em caso de sinistros.
Custos de administração
Por fim, a última variável que compõe a prestação de um financiamento imobiliário está relacionada com os custos de administração. Embora isso possa parecer muito relevante à primeira vista, é bastante provável que não seja um valor considerável, que possa fazer muita diferença nas suas finanças todos os meses.
Em linhas gerais, é apenas uma pequena quantia cobrada na parcela, que varia, logicamente, de acordo com a instituição credora e os serviços de administração prestados. Também pode haver alterações de acordo com a linha de financiamento escolhida, mas o mais comum é que não exceda algumas poucas dezenas de Reais na prestação.
Bom… agora você já sabe tudo o que é preciso para financiar um imóvel. E, seguindo essas etapas, poderá realizar o sonho da casa própria e adquirir um patrimônio importante, que trará mais segurança para você e sua família!
Gostou de aprender o que é preciso para financiar um imóvel? Então, confira aqui os 7 pontos que você deve analisar ao comprar o primeiro apartamento!