Os porteiros são o primeiro contato que visitantes, prestadores de serviços e entregadores têm ao chegar em um condomínio. Infelizmente, é nesse momento que erros básicos de alguns porteiros comprometem a segurança de todos. Conhecer esses erros é o primeiro passo para eliminá-los e, assim, minimizar os riscos. Confira a seguir os 5 erros mais comuns e fique atento!
1. Autorizar a entrada de visitantes sem identificação é um dos principais erros dos porteiros
Quem nunca chegou em um prédio e ao falar ao porteiro que iria a um determinado apartamento, conseguiu entrar, sem que ao menos o porteiro interfonasse para o apartamento informado? Esse é um erro básico, mas bem comum nas portarias.
Todo e qualquer acesso ao condomínio só deve ser liberado pelo morador, seja de pedestre ou de carros de visitantes que possam vir a utilizar a garagem. No entanto, a situação ainda pode ser agravada quando pessoas mal-intencionadas são insistentes e intimidadoras para convencer o porteiro a liberar a entrada. Nesses casos, os porteiros devem ser ainda mais seguros quanto à decisão de não liberar o acesso sem o atendimento das regras. Saber o nome da pessoa, o apartamento onde ela vai e confirmar com o morador do mesmo se a entrada está liberada são medidas essenciais. Se não houver ninguém no apartamento, o acesso não pode ser permitido, a menos que o morador tenha, oficialmente, liberado anteriormente, inclusive, com o cadastro da pessoa. Se for o caso, é preciso pedir o documento para validar a identidade da pessoa com os dados informados pelo morador. Já há no mercado aplicativos destinados a condomínios, que contam com a facilidade da prévia autorização de visitantes pelo app. Além disso, em alguns condomínios, o porteiro conta com um sistema de segurança de apoio com um botão de pânico, que pode ser acionado em situações extremas.
2. Perder o foco das atividades com distrações
É comum ver porteiros focados em qualquer outra coisa, que não seja nas atividades da portaria. Seja porque estão no celular, assistindo TV, conversando com outros funcionários ou até mesmo com condôminos que se estendem em longas conversas. O serviço de porteiro demanda atenção, foco e discrição. Dormir em serviço, nem pensar!
3. Ausentar-se da portaria do condomínio
O porteiro nunca deve ausentar-se da portaria sem que haja outro funcionário para cobrir a sua saída. Na ausência de um funcionário, o zelador ou até mesmo o síndico deve ficar na portaria até o seu retorno. Por isso, um sistema de comunicação rápida entre os profissionais é importante.
4. Não cumprir o protocolo para entregas de delivery e encomendas
Permitir que entregadores entrem no condomínio também é um erro cometido com frequência. Com o aumento da criminalidade, muitos condomínios têm em seus protocolos que os moradores devem ir até a portaria para retirar qualquer tipo de entrega. Dessa forma, minimiza-se a circulação de pessoas estranhas no prédio. Na impossibilidade de o condômino fazer a retirada, no momento da entrega, o produto deve ficar na portaria. Para isso, há prédios que já contam com um armário para guarda dos pertences até a retirada pelo morador.
Quanto aos prestadores de serviços, é muito comum que estes sejam liberados porque estão uniformizados e com o crachá da empresa. Mas esses não devem ser os requisitos para liberar a entrada das pessoas no prédio. Isso porque, os golpes estão cada vez mais requintados e um infrator pode estar usando um disfarce justamente para conseguir praticar o roubo. Portanto, mesmo com uniforme e crachá, é preciso confirmar a veracidade da informação com o morador solicitante do serviço, checando, ainda, o nome e documento.
5. Compartilhar informações com terceiros
O porteiro precisa zelar pela segurança do condomínio. Uma das formas de fazer isso é não compartilhar informações sobre os moradores com terceiros e nem suas rotinas. Um bom porteiro deve zelar pela discrição. As informações não devem ser compartilhadas nem mesmo com outros moradores.
6. Treinamento, capacitação e protocolos minimizam erros dos porteiros
A portaria fica vulnerável com porteiros mal treinados, por isso é importante investir em segurança preventiva com um programa de treinamento e capacitação adequado, além da elaboração de um protocolo de operações. Essas ações não podem acontecer uma única vez, precisam ser reforçadas, atualizadas e revistas quando necessário.
Os treinamentos devem abordar questões como controle de acesso, utilização adequada de equipamentos de apoio, protocolos de ação e estratégias preventivas contra abordagens criminosas.Contudo, os condôminos podem e devem colaborar para minimizar os erros dos porteiros.
Pequenas ações ajudam a garantir a segurança de todos, como conversar com o porteiro apenas o que for extremamente necessário, para que o foco permaneça na portaria, avisar com antecedência a portaria se visitantes forem utilizar a sua garagem, informando nome, modelo, cor e a placa do carro, e reportando ao porteiro e ao síndico qualquer ação ou comportamento que exponha o condomínio a risco. Um ambiente mais seguro é dever de todos!