A gestão de um condomínio é uma tarefa complexa que exige dedicação e conhecimento em diversas áreas, como finanças, direito e recursos humanos. A boa notícia é que não existe um único modelo de gestão; pelo contrário, há vários tipos de gestão de condomínio que se adaptam a diferentes necessidades e realidades.

Conhecer os tipos de gestão disponíveis é o primeiro passo para garantir uma administração eficiente, transparente e que valorize o seu patrimônio. A seguir, vamos detalhar os modelos mais comuns.

1. Autogestão (ou gestão interna)

Homem feliz acessando informações sobre tipos de gestão de condomínio e autogestão de condomínios em um ambiente de sala de estar.
Foto: Cira123/ Shutterstock

Este é o modelo mais tradicional, onde o próprio condomínio, por meio do síndico (geralmente um morador eleito), assume todas as responsabilidades. É uma gestão “faça você mesmo”, ideal para condomínios menores e com poucas demandas.

  • Vantagens: o síndico tem um conhecimento profundo da rotina e das necessidades dos moradores. Os custos com uma administradora são eliminados, o que pode resultar em uma taxa de condomínio mais baixa.
  • Desvantagens: a carga de trabalho é muito alta para o síndico, que precisa lidar com questões burocráticas, financeiras, de manutenção e até mesmo com a resolução de conflitos. A falta de conhecimento técnico pode levar a erros graves.

2. Autogestão assistida

Conversa amigável sobre gestão de condomínio assistida entre uma mulher negra e um homem em um ambiente de escritório, representando diferentes tipos de gestão de condomínios.
Foto: fizkes/ Shutterstock

É uma evolução da autogestão. Nesse caso, o síndico morador continua à frente da gestão, mas conta com o suporte de empresas especializadas para tarefas específicas, como assessorias jurídica, contábil ou financeira.

  • Vantagens: o síndico recebe apoio técnico e pode focar nas questões mais importantes do dia a dia. É uma gestão mais profissional que a autogestão pura, mas ainda mantém o síndico como figura central.
  • Desvantagens: pode ser mais cara do que a autogestão, dependendo do número de serviços terceirizados. O síndico ainda é o principal responsável e precisa fiscalizar os trabalhos das empresas contratadas.

3. Gestão com administradora

Família discutindo opções de gestão de condomínio com uma administradora em uma reunião moderna com janelas grandes e ambiente iluminado.
Foto: Studio Images/ Shutterstock

Neste modelo, o condomínio contrata uma empresa especializada, a administradora, para cuidar de todas as funções burocráticas e operacionais. No entanto, ainda existe a necessidade da presença de um síndico, também eleito pelos moradores, que atua como um gestor que supervisiona o trabalho da administradora e representa os interesses dos condôminos.

  • Vantagens: A administradora oferece expertise técnica e uma estrutura completa para lidar com questões financeiras, contábeis, jurídicas e de recursos humanos. Isso alivia a carga de trabalho do síndico, que pode se concentrar na fiscalização e no relacionamento com os moradores.
  • Desvantagens: É o modelo mais caro, pois o custo da administradora é adicionado à taxa condominial. O síndico precisa estar atento para garantir que a administradora esteja prestando um bom serviço.

4. Gestão com síndico profissional

Reunião de gestão condominial com síndico profissional, mostrando uma equipe de gestão eficiente e harmoniosa para administração de condomínios.
Foto: Studio Romantic/ Shutterstock

Essa opção é ideal para condomínios que não têm um morador interessado em assumir a função de síndico, que são muito grandes, ou que precisam de uma gestão mais técnica e imparcial. Nesse caso, um síndico profissional é contratado para assumir a gestão completa do condomínio.

  • Vantagens: o síndico profissional possui conhecimento técnico e experiência para lidar com todos os desafios da gestão. A gestão é impessoal, o que pode ajudar na resolução de conflitos.
  • Desvantagens: pode haver uma perda do “olhar de morador”, já que o síndico não vive no prédio. O custo pode ser alto, dependendo do profissional e das demandas do condomínio.

Qual é o melhor dos tipos de gestão de condomínio?

A escolha do melhor tipo de gestão depende das características do seu condomínio. Mas, geralmente, costuma ser uma boa resolução para:

  • Pequenos condomínios: a autogestão pode ser uma boa opção para economizar, desde que o síndico tenha tempo e disposição para a função.
  • Condomínios médios: a autogestão assistida ou a gestão com administradora são boas escolhas. A primeira mantém o síndico morador no controle, enquanto a segunda profissionaliza a gestão e alivia a carga do síndico.
  • Grandes condomínios ou com problemas complexos: a gestão com síndico profissional é frequentemente a melhor opção, pois oferece o conhecimento técnico necessário para lidar com uma administração mais complexa e exigente.

O importante é que a decisão seja tomada em assembleia, com a participação e o consenso de todos os moradores, para garantir uma gestão transparente e alinhada com as expectativas do condomínio.