A relação entre humanos e animais em condomínios ganha um novo capítulo com uma nova reforma do Código Civil. A partir de agora, os animais são considerados seres sencientes, ou seja, capazes de sentir emoções e dores. Essa mudança legal traz consigo novos desafios e mais clareza sobre a convivência em condomínios, onde a presença de pets é cada vez mais comum. Veja o que diz a reforma.

Novo status legal dos animais em condomínios

animais em condominios
Foto: Yurii Seleznov/ Shutterstock

Com a reforma do Código Civil, os animais deixaram de ser tratados na lei como seres incapazes de sentir emoções e sensações. Essa mudança jurídica impacta diretamente a vida em condomínios, estabelecendo uma base mais justa e equitativa para lidar com questões que envolvem os direitos e deveres dos tutores e dos demais condôminos.

Responsabilidades dos tutores de animais em condomínios

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Foto: Roberto Resston/ Shutterstock

A convivência com animais em condomínios traz uma série de responsabilidades para os tutores. Entre elas, estão:

  • Limpeza: é obrigatório manter as áreas comuns limpas, recolhendo as fezes do pet.
  • Vacinação: manter a vacinação em dia é fundamental para a saúde do animal e dos outros moradores.
  • Focinheira: em situações que exigem, o uso de focinheira é obrigatório para garantir a segurança de todos.
  • Bem-estar: é importante garantir o bem-estar do pet, proporcionando um ambiente seguro e confortável.

Além disso, é dever do tutor garantir que seus animais não causem incômodos excessivos, como latidos constantes, o que melhora a paz e o sossego dos outros moradores.

Evite conflitos para uma boa convivência

Foto: Shutterstock

A presença de animais em ambientes fechados pode gerar divergências, especialmente em relação ao barulho, sujeira e uso inadequado das áreas comuns. Com o aumento das chamadas famílias multiespécie, em que animais de estimação são tratados como membros da família, surge a necessidade de maior compreensão e respeito entre os condôminos. Conversas abertas e atitudes empáticas são essenciais para evitar desentendimentos.

Mediação e orientação jurídica garantem a presença de animais em condomínios

A reforma também destaca a importância de uma regulamentação interna que considere os direitos de todos os envolvidos, incluindo os animais. Nesse caso, é aconselhável consultar advogados especializados em direito animal e condominial para a elaboração dessas normas. Também é fundamental que síndicos e moradores se informem sobre as boas práticas e a melhor forma de resolver conflitos sem comprometer a convivência.

Leia também: Saiba quais as principais regras para convivência com animais de estimação em condomínios

Para evitar problemas, é fundamental:

  • Diálogo: converse com seus vizinhos e demonstre respeito pelas diferenças.
  • Empatia: tente se colocar no lugar do outro e entender as preocupações.
  • Responsabilidade: assuma seus deveres como tutor e colabore para manter um ambiente agradável para todos.

Em suma, ao considerar os animais como seres sencientes, a legislação promove uma convivência mais equilibrada e reforça a necessidade de responsabilidade e respeito mútuo entre tutores e condomínios.