Quem é que não gosta de economizar? Se essa economia também significar menor impacto ao meio ambiente, com certeza ela fica ainda mais interessante. Pois essa é a grande vantagem do uso de tecnologias, produtos e a consciência de cada um no dia a dia e na gestão dos prédios residenciais. Tais medidas podem reduzir em até 30% os custos de condomínio. Algumas cidades oferecem até descontos no IPTU para edificações que adotam soluções ecologicamente corretas e sustentáveis.
Algumas ações, que exijam obras, por exemplo, precisam de aprovação em assembleia. Já outras, como a separação e encaminhamento de resíduos sólidos inorgânicos para reciclagem, podem ser adotadas a qualquer momento. Para a mudança começar, confira sete dicas sustentáveis que vão ajudar a reduzir os custos de condomínio.
1. Reduza os custos de condomínio com manutenção preventiva
Fazer manutenções periódicas nos equipamentos, como os de ar-condicionado, elevadores e portões eletrônicos, além de ser uma forma de garantir a segurança e o bem-estar das pessoas, garante mais eficiência. E mais eficiência significa mais economia. Um equipamento de climatização com o filtro sujo, por exemplo, vai precisar de muito mais esforço e energia para filtrar o ar e ainda não o fará bem feito, podendo causar doenças às pessoas. E mais: não respeitar os termos da lei n° 13.589/2018, que obriga o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) em sistemas de ar condicionado pode resultar em multas.
O tempo de vida útil de equipamentos sem manutenção e o prejuízo (e incômodo) quando eles quebram também comprovam que investir em manutenção preventiva não é uma opção, mas sim uma obrigação.
2. Aposte na economia da iluminação de LED para diminuir os custos de condomínio
Apesar de serem mais caras, as lâmpadas de LED são mais econômicas. Por ser um tipo de lâmpada com menor consumo energético, a troca irá reduzir cerca de 60% dos gastos com energia elétrica. Elas também têm mais durabilidade, quando comparadas com as fluorescentes comuns. Ou seja, a longo prazo o investimento inicial maior é mais que justificável.
3. Economize com o uso de temporizador de luz
Utilizar sensores de presença para o sistema de iluminação é a melhor e mais econômica alternativa para as áreas comuns. Com eles, não há necessidade em manter as lâmpadas sempre acesas. Na frente do prédio, por questões de segurança, é o único local em que se recomenda permanecer iluminado durante toda a noite.
4. Invista em painéis solares para mais eficiência e autonomia energética
Alternativa que requer um investimento inicial, as placas solares já estão disponíveis no mercado brasileiro em grande diversidade. Mesmo sendo necessário um investimento maior, a medida oferece excelente custo-benefício para o condomínio, reduzindo a conta de energia em até 95%. Para garantir a eficiência da solução, é necessário consultar um profissional para ajudar a escolher a melhor opção de acordo com a infraestrutura do prédio.
5. Incentive o uso consciente da água com a individualização da conta
Na medição individual do consumo de água, a conta fica mais justa, pois cada um paga somente por aquilo que gastou – havendo o rateio apenas da água consumida nas áreas comuns. Alguns moradores só começam a se preocupar realmente com o uso consciente da água quando a “dor” chega no bolso.
6. Reduza mais o consumo de água com o reuso
Para economizar no futuro, é preciso investir no presente. Não há necessidade de usar água potável para todas as atividades. A lavagem de áreas comuns e a rega dos jardins, por exemplo, podem ser feitas com água de reuso. É possível economizar até 50% na fatura mensal apenas com a instalação de uma cisterna (reservatório) para captar água da chuva. No geral, a água da chuva armazenada nas cisternas corresponde entre 40% e 60% do total da água que será utilizada no condomínio.
7. Uso racional com torneiras temporizadas
Torneiras abertas na área comum de um condomínio são frequentes. Por isso, temporizadores nas torneiras anulam esse problema, reduzem custos e são mais sustentáveis.
Bônus: Gere renda com a separação de resíduos sólidos
Além de economizar, medidas sustentáveis também podem ser fonte de receita para o condomínio. Com a coleta seletiva de resíduos sólidos inorgânicos é possível gerar renda para o condomínio com a venda dos materiais a empresas e/ou cooperativas. O síndico deve estabelecer um espaço apropriado para que os moradores deixem o lixo, dividindo-o em papel, plástico, vidro e metal. É importante também ter apoio jurídico e/ou fiscal para que a documentação da operação seja feita da forma correta e um trabalho de comunicação e conscientização junto aos moradores para adesão à nova forma de descarte do lixo.
Reduzir os custos de condomínio é benéfico para todos os moradores, mas ter mais sustentabilidade na operação do prédio é ainda melhor, pois significa qualidade de vida agora e no futuro, para você, para sua família e para todos os habitantes do Planeta.