Você já pensou que o colchão é o cenário de grande parte da nossa vida? É nele que descansamos depois de um dia cheio, tiramos aquele cochilo revigorante e até maratonamos séries no fim de semana. Mas, com o tempo, esse companheiro perde a capacidade de oferecer o conforto e o apoio que o corpo precisa. Saber quando é hora de trocar o colchão faz toda a diferença para garantir noites de sono de qualidade e, de quebra, cuidar da sua saúde. Veja a seguir quando e como identificar esse momento.
Qual o tempo médio de vida útil de um colchão?
Não existe uma regra única que sirva para todos os colchões, mas, em média, eles duram de 7 a 10 anos. Esse período pode variar bastante de acordo com o tipo de material, o uso no dia a dia e até os cuidados que você tem com a peça.
- Colchões de espuma: costumam durar de 5 a 8 anos, já que a espuma tende a perder firmeza mais rápido.
- Colchões de molas: podem chegar a durar de 8 a 10 anos, principalmente os modelos ensacados, que distribuem melhor o peso.
- Colchões híbridos (espuma + molas): unem conforto e resistência, ficando na faixa de 7 a 9 anos de vida útil.
- Colchões de látex natural: são os mais duráveis, podendo ultrapassar os 10 anos de vida com boa manutenção.
Ou seja, mesmo que o colchão pareça “em ordem” à primeira vista, ele pode já não estar oferecendo o suporte adequado para o corpo depois desse tempo. Veja os sinais que mostram que está na hora de mudar.
Sinais de que está na hora de trocar o colchão

Nem sempre a idade do colchão é o único critério para saber se chegou a hora de se despedir dele. O próprio corpo e o dia a dia dão pistas importantes:
Afundamentos e deformações visíveis
Se você deita e percebe que o colchão forma um “buraco” no lugar onde costuma dormir, esse é um indício de que a estrutura interna já perdeu a capacidade de sustentação. Essas deformações prejudicam o alinhamento da coluna e aumentam a pressão em pontos específicos do corpo, resultando em dores e má circulação.
Barulhos ao se mexer
Nos modelos de molas, o aparecimento de rangidos e estalos é sinal de desgaste do sistema de suporte. Esse tipo de ruído não só atrapalha o sono, como também indica que a sustentação já não está uniforme, comprometendo o conforto e a durabilidade.
Dores ao acordar
Acordar com dores no pescoço, nas costas ou nos ombros pode ser consequência de um colchão que não oferece mais o suporte adequado. Muitas vezes, essas dores passam ao longo do dia, o que pode fazer com que a pessoa não associe diretamente ao colchão, mas ele é, sim, um dos principais causadores.
Sensação de sono pouco reparador
Mesmo dormindo o número de horas recomendadas, você pode acordar cansado, sem disposição e com a sensação de que o descanso não foi suficiente. Isso pode acontecer porque o colchão desgastado interfere na qualidade do sono profundo, essencial para as recuperações física e mental.
Aumento de alergias ou crises respiratórias
Com o tempo, os colchões acumulam ácaros, poeira e fungos, mesmo com limpezas regulares. Se as crises de rinite, asma ou alergias de pele se tornam mais frequentes, pode ser um alerta de que a troca é necessária.
Alterações no peso ou no estilo de vida
Às vezes, mesmo antes do tempo de vida útil acabar, pode ser preciso trocar o colchão. Mudanças significativas no peso corporal, início de problemas ortopédicos ou até a chegada de um parceiro para dividir a cama exigem um colchão mais adequado às novas necessidades.
Conforto perdido
Por fim, confie na sua percepção. Se deitar na cama já não traz a mesma sensação de relaxamento de antes, é sinal de que chegou o momento de investir em um novo colchão.
Como aumentar a durabilidade do colchão?
Trocar o colchão exige investimento, por isso cuidar bem dele pode prolongar a vida útil e garantir noites de sono mais confortáveis por muito mais tempo. Veja algumas práticas:
1. Use sempre uma capa protetora

As capas impermeáveis ou protetoras de tecido criam uma barreira contra poeira, suor e líquidos que podem manchar e danificar a espuma. Além de proteger contra ácaros e bactérias, elas facilitam a limpeza e mantém o colchão mais conservado.
Quem tem animais de estimação precisa redobrar o cuidado. Além de pelos e sujeiras, unhas e pequenos acidentes podem comprometer a integridade do colchão. Nesse caso, uma capa protetora resistente é ainda mais indispensável.
2. Aspire regularmente

Uma vez por mês, utilize o aspirador de pó em toda a superfície do colchão, inclusive nas laterais. Essa prática ajuda a remover poeira, resíduos e microorganismos que podem se acumular ao longo do tempo e prejudicar a saúde respiratória.
3. Gire e vire o colchão quando indicado

Alguns modelos de colchão devem ser girados ou virados a cada três ou seis meses para que o desgaste seja uniforme. Nos modelos de molas ensacadas, por exemplo, muitas vezes é indicado apenas girar, sem virar. Esse cuidado evita deformações e aumenta a durabilidade. De modo geral, verifique as recomendações do fabricante do seu colchão.
4. Evite pular ou sentar sempre no mesmo ponto
Crianças adoram usar a cama como trampolim, mas esse hábito pode comprometer a estrutura interna do colchão. O mesmo vale para o costume de se sentar sempre na mesma borda, pois o peso concentrado em um único ponto acelera o desgaste.
5. Garanta uma base adequada

O estrado ou a base da cama deve ser firme, nivelado e compatível com o tipo de colchão. Uma estrutura inadequada pode causar deformações e reduzir a vida útil do produto. Além disso, a base deve permitir ventilação para evitar acúmulo de umidade e mofo.
6. Evite umidade e excesso de calor

Ambientes muito úmidos podem favorecer o aparecimento de fungos. Sempre que possível, deixe o quarto arejado e permita que o colchão “respire”, retirando roupas de cama durante algumas horas. O sol leve e indireto ajuda a higienizar naturalmente.
Cuidar bem do colchão pode prolongar sua vida útil por alguns anos, garantindo conforto e saúde por mais tempo. Ainda assim, chega um momento em que a troca é inevitável e é importante enxergar isso não como um gasto, mas como um investimento em qualidade de vida. Afinal, escolher um novo colchão é apostar em noites de sono reparadoras, mais energia no dia a dia e bem-estar em longo prazo.