Você já pensou que o colchão é o cenário de grande parte da nossa vida? É nele que descansamos depois de um dia cheio, tiramos aquele cochilo revigorante e até maratonamos séries no fim de semana. Mas, com o tempo, esse companheiro perde a capacidade de oferecer o conforto e o apoio que o corpo precisa. Saber quando é hora de trocar o colchão faz toda a diferença para garantir noites de sono de qualidade e, de quebra, cuidar da sua saúde. Veja a seguir quando e como identificar esse momento.

Qual o tempo médio de vida útil de um colchão?

Não existe uma regra única que sirva para todos os colchões, mas, em média, eles duram de 7 a 10 anos. Esse período pode variar bastante de acordo com o tipo de material, o uso no dia a dia e até os cuidados que você tem com a peça.

  • Colchões de espuma: costumam durar de 5 a 8 anos, já que a espuma tende a perder firmeza mais rápido.
  • Colchões de molas: podem chegar a durar de 8 a 10 anos, principalmente os modelos ensacados, que distribuem melhor o peso.
  • Colchões híbridos (espuma + molas): unem conforto e resistência, ficando na faixa de 7 a 9 anos de vida útil.
  • Colchões de látex natural: são os mais duráveis, podendo ultrapassar os 10 anos de vida com boa manutenção.

Ou seja, mesmo que o colchão pareça “em ordem” à primeira vista, ele pode já não estar oferecendo o suporte adequado para o corpo depois desse tempo. Veja os sinais que mostram que está na hora de mudar. 

Sinais de que está na hora de trocar o colchão

Uma mulher está sentada em sua cama ao acordar em seu quarto colocando as mãos nas costas por estar sentindo desconforto na coluna. Um dos problemas que fazem uma pessoa decidir trocar de colchão.
Foto: antoniodiaz/ Shutterstock

Nem sempre a idade do colchão é o único critério para saber se chegou a hora de se despedir dele. O próprio corpo e o dia a dia dão pistas importantes:

Afundamentos e deformações visíveis

Se você deita e percebe que o colchão forma um “buraco” no lugar onde costuma dormir, esse é um indício de que a estrutura interna já perdeu a capacidade de sustentação. Essas deformações prejudicam o alinhamento da coluna e aumentam a pressão em pontos específicos do corpo, resultando em dores e má circulação.

Barulhos ao se mexer

Nos modelos de molas, o aparecimento de rangidos e estalos é sinal de desgaste do sistema de suporte. Esse tipo de ruído não só atrapalha o sono, como também indica que a sustentação já não está uniforme, comprometendo o conforto e a durabilidade.

Dores ao acordar

Acordar com dores no pescoço, nas costas ou nos ombros pode ser consequência de um colchão que não oferece mais o suporte adequado. Muitas vezes, essas dores passam ao longo do dia, o que pode fazer com que a pessoa não associe diretamente ao colchão, mas ele é, sim, um dos principais causadores. 

Sensação de sono pouco reparador

Mesmo dormindo o número de horas recomendadas, você pode acordar cansado, sem disposição e com a sensação de que o descanso não foi suficiente. Isso pode acontecer porque o colchão desgastado interfere na qualidade do sono profundo, essencial para as recuperações física e mental.  

Aumento de alergias ou crises respiratórias

Com o tempo, os colchões acumulam ácaros, poeira e fungos, mesmo com limpezas regulares. Se as crises de rinite, asma ou alergias de pele se tornam mais frequentes, pode ser um alerta de que a troca é necessária. 

Alterações no peso ou no estilo de vida

Às vezes, mesmo antes do tempo de vida útil acabar, pode ser preciso trocar o colchão. Mudanças significativas no peso corporal, início de problemas ortopédicos ou até a chegada de um parceiro para dividir a cama exigem um colchão mais adequado às novas necessidades.

Conforto perdido

Por fim, confie na sua percepção. Se deitar na cama já não traz a mesma sensação de relaxamento de antes, é sinal de que chegou o momento de investir em um novo colchão.

Como aumentar a durabilidade do colchão?

Trocar o colchão exige investimento, por isso cuidar bem dele pode prolongar a vida útil e garantir noites de sono mais confortáveis por muito mais tempo. Veja algumas práticas:

1. Use sempre uma capa protetora

Mãos de uma mulher colocando a capa protetora do colchão. Um item que beneficia a durabilidade do colchão e também no momento de trocar de colchão.
Foto: Natalia/ Adobe Stock

As capas impermeáveis ou protetoras de tecido criam uma barreira contra poeira, suor e líquidos que podem manchar e danificar a espuma. Além de proteger contra ácaros e bactérias, elas facilitam a limpeza e mantém o colchão mais conservado.

Quem tem animais de estimação precisa redobrar o cuidado. Além de pelos e sujeiras, unhas e pequenos acidentes podem comprometer a integridade do colchão. Nesse caso, uma capa protetora resistente é ainda mais indispensável.

2. Aspire regularmente

Uma mulher está utilizando o um aspirador no colchão.
Foto: Julia/ Adobe Stock

Uma vez por mês, utilize o aspirador de pó em toda a superfície do colchão, inclusive nas laterais. Essa prática ajuda a remover poeira, resíduos e microorganismos que podem se acumular ao longo do tempo e prejudicar a saúde respiratória.

3. Gire e vire o colchão quando indicado

Foto: Bokeh Stock/ Shutterstock

Alguns modelos de colchão devem ser girados ou virados a cada três ou seis meses para que o desgaste seja uniforme. Nos modelos de molas ensacadas, por exemplo, muitas vezes é indicado apenas girar, sem virar. Esse cuidado evita deformações e aumenta a durabilidade. De modo geral, verifique as recomendações do fabricante do seu colchão.

4. Evite pular ou sentar sempre no mesmo ponto

Crianças adoram usar a cama como trampolim, mas esse hábito pode comprometer a estrutura interna do colchão. O mesmo vale para o costume de se sentar sempre na mesma borda, pois o peso concentrado em um único ponto acelera o desgaste. 

5. Garanta uma base adequada

mãos de uma pessoa segurando o colchão para movê-lo de posição
Foto: Bokeh Stock/ Shutterstock

O estrado ou a base da cama deve ser firme, nivelado e compatível com o tipo de colchão. Uma estrutura inadequada pode causar deformações e reduzir a vida útil do produto. Além disso, a base deve permitir ventilação para evitar acúmulo de umidade e mofo.

6. Evite umidade e excesso de calor

Foto: Pixel-Shot/ Shutterstock

Ambientes muito úmidos podem favorecer o aparecimento de fungos. Sempre que possível, deixe o quarto arejado e permita que o colchão “respire”, retirando roupas de cama durante algumas horas. O sol leve e indireto ajuda a higienizar naturalmente.

Cuidar bem do colchão pode prolongar sua vida útil por alguns anos, garantindo conforto e saúde por mais tempo. Ainda assim, chega um momento em que a troca é inevitável e é importante enxergar isso não como um gasto, mas como um investimento em qualidade de vida. Afinal, escolher um novo colchão é apostar em noites de sono reparadoras, mais energia no dia a dia e bem-estar em longo prazo.