Para conseguir o financiamento de um imóvel, todo comprador precisa passar pela análise de crédito. Esse é um processo fundamental no mercado imobiliário, pois permite avaliar a capacidade individual de compra. Ou seja, para além de ser uma proteção para as instituições financeiras, a análise pode auxiliar o futuro proprietário a entender se está ou não apto a adquirir o bem.
A análise de crédito considera fatores que influenciam no risco de inadimplência
Para conceder o crédito, as financeiras pesquisam minuciosamente as despesas e receitas do possível comprador. Isso acontece porque elas precisam entender a sua capacidade de arcar com o pagamento das parcelas.
Algumas das informações analisadas são a renda mensal, a idade, histórico de emprego, histórico de crédito e dívidas existentes. Além disso, também são avaliados fatores externos, como as condições econômicas do país, o mercado de trabalho e a oferta e demanda do mercado imobiliário.
Nível de risco é determinado pelas informações fornecidas pelos clientes
As credoras utilizam modelos matemáticos e estatísticos que levam em conta todas as informações financeiras. E, para essa análise, elas utilizam informações colhidas em documentos fornecidos pelo próprio cliente, como comprovantes de renda (holerites, declaração de imposto de renda, extratos bancários), comprovantes de endereço, entre outros.
Após “cruzar os dados”, avaliar os documentos exigidos e todas as probabilidades de risco, elas decidem se o financiamento para a compra do imóvel desejado será ou não concedido.
A análise de crédito de pessoa física passa por 5 etapas
- Solicitação de dados cadastrais
- Análise de restrições (pendências de pagamento ou dívidas)
- Análise de perfil de crédito (score)
- Análise do comprometimento da renda (o valor das prestações, geralmente, não pode ultrapassar 30% da renda mensal do comprador)
- Análise dos documentos (RG, CPF, comprovantes de renda e residência)
O cálculo de comprometimento de renda é feito supondo que, além dessa dívida, o cliente também terá outras contas fixas a serem pagas mensalmente, como a de água, luz ou moradia. Avaliar a relação entre receitas e despesas é primordial para entender se o cliente tem margem financeira para arcar com o pagamento das parcelas do empréstimo ou financiamento solicitado.
Entre as informações avaliadas estão:
- Histórico de pagamento de dívidas: para saber se o cliente já teve problemas em honrar compromissos financeiros no passado;
- Score de crédito: uma pontuação que mede a probabilidade de um indivíduo cumprir suas obrigações financeiras;
- Relação entre receitas e despesas: para avaliar se o cliente tem margem financeira para arcar com o pagamento das parcelas do empréstimo ou financiamento solicitado.
É importante ressaltar que a análise de crédito varia de acordo com a instituição financeira e o tipo de financiamento solicitado. Diante disso, o tempo médio para aprovação de cada proposta, também varia.
Restrição ao crédito é um dos principais motivos para se negar um financiamento
Se uma pessoa está com o “nome sujo” e quer comprar um apartamento direto com uma construtora ou com o banco, provavelmente não conseguirá a aprovação do crédito. Isso porque a análise de risco impede a liberação do financiamento.
Portanto, antes de pensar em financiar um imóvel, é preciso se organizar para limpar o nome. Uma solução é tentar procurar os órgãos de proteção ao consumidor para entender os direitos e as melhores formas de negociar.
Mas, se você está com a vida financeira organizada e toda documentação em dia pode solicitar a análise de crédito sem nenhum receio. Esse é apenas um processo rigoroso e criterioso, que busca garantir tanto a segurança do banco quanto a capacidade do comprador em honrar seus compromissos financeiros.
