Quem mora em um condomínio fechado sabe as vantagens que esse tipo de construção oferece, mas nem sempre consegue entender como é calculada a taxa de condomínio. Para acabar de vez com essa dúvida, continue a leitura.
Como é calculada a taxa de condomínio?
Para definir o valor da taxa condominial a ser paga pelo morador de cada apartamento é feito um rateio das despesas ordinárias, do fundo de reserva e de eventuais despesas extraordinárias. A quantia individual do apartamento é calculada de acordo com a fração ideal, que é o espaço que pertence ao imóvel em relação ao tamanho total do empreendimento, mas há contas que podem ser divididas igualmente entre os moradores de todas as unidades.
Despesas fixas e pontuais
As despesas ordinárias são aquelas que fazem parte do dia a dia do condomínio. São elas:
- Salários dos funcionários, que são responsáveis pela manutenção e limpeza do condomínio, sejam eles próprios ou terceirizados;
- Despesas de consumo – água, luz e gás – das áreas comuns ou de todo o condomínio, quando não houver medidores individualizados;
- Manutenção de equipamentos – elevadores, bombas, portões etc;
- Despesas administrativas, tais como, materiais de limpeza, despesas com correios, boletos bancários e taxa da administradora.
Fundo de reserva
À quantia final é acrescido um valor correspondente ao fundo de reserva, que normalmente é estipulada pela Convenção do Condomínio em 5% do montante das despesas ordinárias. O Fundo serve para situações que demandem um gasto extra não previsto no orçamento, como reformas de emergência, direitos pagos a um funcionário do condomínio que foi demitido, entre outros.
Despesas extraordinárias
Esse tipo de despesa é aprovado em Assembleia Geral de condôminos. Ao contrário das despesas ordinárias, as extraordinárias podem ser divididas igualmente pelo número de apartamentos, independentemente do tamanho de cada unidade, ou serem rateadas de acordo com a fração ideal. Por exemplo, se em assembleia os moradores decidem colocar câmeras de segurança no prédio, este valor poderá ser rateado igualmente entre os apartamentos ou divididos de acordo com o tamanho de cada unidade habitacional.
Em relação às áreas comuns, muitos acreditam que um empreendimento com uma área de lazer ampla possui um valor de condomínio extremamente alto, mas ao contrário do que se acredita, a manutenção destes espaços tem um custo baixo, necessitando, em geral, apenas de limpeza constante e de um correto acompanhamento dos equipamentos e materiais.
Contudo, independentemente do quanto você use a área de lazer, o valor do condomínio sempre será o mesmo, exceto em casos específicos, quando são solicitados serviços extras, em que o valor cobrado é dividido pelo número de usuários.
Existe, ainda, a possibilidade de utilizar o formato “Pay Per Use” (pago pelo uso) em alguns tipos de serviços, a depender do combinado entre os condôminos: se um número de moradores está interessado em contratar um personal trainer, por exemplo, a despesa pode ser dividida entre aqueles que fizerem uso do serviço.
Na maior parte dos casos, a convenção de condomínio pré-define como serão divididos os gastos do condomínio. Porém, os moradores têm o direito de participarem da formação do orçamento, questionando e opinando sobre as despesas ordinárias.