Lidar com o dinheiro em um relacionamento é um tópico muito particular. O que funciona bem para um casal, pode não funcionar para outro. Existem casais, por exemplo, que têm conta conjunta e esta prática funciona muito bem. Para outros, já não funciona tão bem assim.
Quando o assunto é o dinheiro familiar, é preciso sentar, conversar e alinhar as expectativas e os objetivos quanto às receitas, as despesas e a organização financeira do casal. Como diz o ditado, “o combinado não sai caro”, pois uma das principais discussões entres casais é a falta de planejamento financeira que, inclusive, é o motivo de muitas separações.
Por isso, saber lidar com o dinheiro no relacionamento a dois fará com que a vida do casal seja mais saudável. Descubra quais dicas funcionam melhor para vocês.
Dicas de como lidar com o dinheiro no relacionamento a dois
- Planejamento familiar
Para reduzir os conflitos decorrentes do mau uso ou da falta de dinheiro, o planejamento deve ser feito sempre a dois. Segundo o especialista financeiro Gustavo Cerbasi, grandes pilares como casa própria, aposentadoria e educação dos filhos entram na pauta como as bases do planejamento entre os casais.
Alinhe os objetivos e trace planos a médio e longo prazos para que ambos se comprometam com as conquistas.
2. Dividindo as despesas de forma justa
É preciso também definir regras quanto às despesas mensais, como contas de energia, água, taxas de condomínio, supermercado etc. Que tal fazer uma divisão de forma justa?
Quando os dois parceiros possuem renda, uma forma de fazer uma divisão justa para o pagamento das despesas é pensar em uma divisão proporcional à renda de cada um. Veja como fazer:
- Descobrir a renda conjunta e o percentual que cada um gera. Exemplo: uma das pessoas recebe R$ 2 mil por mês enquanto a outra recebe R$ 8 mil. Neste caso, a renda conjunta do casal é de R$ 10 mil mensais. Ou seja, uma pessoa é responsável por 20% da renda e a outra por 80%.
- Depois é preciso descobrir a despesa total do casal. Vamos considerar aqui R$ 7 mil.
- Sendo assim, com uma despesa total mensal de R$ 7 mil, quem ganha R$ 2 mil deveria contribuir com R$ 1,4 mil (20%) e quem ganha R$ 8 mil, contribuiria com R$ 5,6 mil (80%).
O consultor financeiro da fintech Onze Samuel Torres comenta que “não existe um modelo ideal de divisão de contas. O mais importante é o casal alinhar como vai funcionar essa relação.” Como já mencionamos, cada casal é um caso particular. Há muitos casos onde a renda de uma das pessoas é variável, podendo ganhar muito bem em um mês e nada no outro.
Nestes casos de renda variável, os casais podem criar seus próprios métodos para lidar com o pagamento de contas. Como uma das partes assume todas as despesas em um determinado mês ou faz um empréstimo naquele momento mais complicado. “O combinado não sai caro”, só para lembrar.
3. Manter a individualidade
Existem os objetivos comuns do casal, como a compra da casa própria, e existem os planos pessoais, como o investimento em um curso ou em uma viagem. Anular os desejos pessoais pode ser desgastante para o relacionamento e, segundo Gustavo Cerbasi, pode causar frustração inconsciente que surge quando são deixados para trás grandes sonhos da época de solteiros.
A dica aqui é, depois de pagar as despesas e investir nos objetivos comuns, lembrar da independência de cada um. Isto é, cada um gastar o dinheiro como bem entender, como academia, compra de roupas, um almoço em um restaurante, estudos etc. Mas lembre-se de não comprometer o futuro financeiro do casal com esses gastos.
Quando cada pessoa no relacionamento sabe exatamente qual é a sua parte em relação às despesas, a convivência a dois fica mais leve. Uma vida financeira organizada pode trazer mais felicidade ao casal. Veja o exemplo desse casal de jovens, que conquistaram seu primeiro apê aos 20 anos!
4. Conta no banco conjunta ou separada
Na opinião de Gustavo Cerbasi as contas devem ser preferencialmente conjuntas e os investimentos também. Pois, como ele explica, com contas separadas, paga-se o dobro de tarifas e perde-se a força de investimentos e de relacionamento. Mas, isso, novamente, é uma questão muito particular de cada casal.
5. Aposentadoria
A aposentadoria pode parecer distante hoje. Mas um dia chega. Se você ainda não se planejou para este momento, é preciso começar agora. Quanto antes o casal começar a pensar na aposentadoria, melhor.
Por isso, guarde um percentual fixo todos os meses da renda do casal e faça investimentos a longo prazo ou opte por pacotes prontos, como um plano de previdência.
Estar endividado é um grande problema e pode destruir sua vida financeira e o relacionamento do casal. Com honestidade sobre dinheiro, alinhamento e confiança vocês terão momentos felizes na vida a dois ou em uma família maior.