Estou endividado e agora? Muitas pessoas não sabem como sair do sufoco financeiro quando se encontram em situação de endividamento. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), o número de endividados no Brasil atingiu a marca recorde de 78% em julho. 

Parcelas de cartão de crédito, empréstimo, crediário, cheque especial, juros… são inúmeras as dívidas que se acumulam. E como não agravar esse cenário? Confira a seguir 7 coisas para NÃO fazer quando está endividado. 

1. Comprar parcelado e com juros

Diversas lojas estampam o parcelamento em várias vezes bem grande, atraindo a atenção do consumidor, mas o problema são as letras miúdas onde constam os juros. O parcelamento com juros é uma grande cilada, afinal, o valor daquilo que você está comprando passa a ser bem maior do que o preço real. 

Por isso, não compre itens parcelados e com juros. Se você atrasar uma parcela, o valor a ser pago será ainda maior, levando a uma bola de neve de dívidas. Resista à tentação da “parcelinha que cabe no bolso” e procure sempre fazer o pagamento à vista, pois ainda pode render um desconto, especialmente se estiver endividado. Isso, é claro, se a compra for realmente necessária: o tema do próximo tópico.

2. Comprar por impulso e fazer pequenos gastos

endividado

Um produto do qual você não precisa entra em promoção e você decide comprá-lo. Às vezes é só uma blusinha – quando você já tem várias outras opções no guarda-roupa – que faz você gastar dinheiro sem perceber e comprometer seu orçamento. 

As compras por impulso e aquelas que parecem inofensivas, como um café todo dia na padaria ou um uber para fazer um trajeto que pode ser feito a pé ou de transporte público, são vilãs para quem deseja quitar dívidas e não criar novas. Na ponta do lápis, esses pequenos gastos somados se tornam enormes. 

Reduza algumas despesas não essenciais ou compre um número de itens que caibam no seu bolso. Para quitar dívidas, o foco é economizar dinheiro para cobrir as pendências.

3. Ignorar dívidas

Este tópico está diretamente ligado com o anterior. Quando se está endividado, fingir que as pendências financeiras não existem e comprar tudo o que quiser pode aumentar exponencialmente as dívidas. Há uma premissa de que as dívidas de cartão de crédito caduca depois de 5 anos, mas não é bem assim que funciona. 

As dívidas não deixam de existir, ficam apenas invisíveis para as empresas que consultam plataformas de crédito, como o Serasa. No entanto, a dívida ainda fica ativa e a credora possui acesso a essa informação, prosseguindo com a cobrança da dívida, o que pode, inclusive, dificultar o seu acesso ao crédito, como o financiamento imobiliário.

Portanto, priorize o pagamento de boletos e dívidas que podem gerar multas e juros altos, para se livrar das despesas e não acumulá-las. 

4. Usar o cartão de crédito

Para quitar dívidas e não criar novas pendências, evite o uso de cartão de crédito. Boa parte das dívidas dos consumidores são criadas por meio desse recurso. Segundo a PEIC, entre os endividados, 85,4% das pessoas possuem dívidas no cartão de crédito. 

É preciso avaliar o impacto que a fatura ou os valores das parcelas irão ter no seu orçamento do mês antes de realizar compras. O cartão cria uma ilusão de poder porque é cômodo. Você, literalmente, não sente o dinheiro saindo do bolso e pode perder a linha. Mas lembre-se de que a conta vai chegar e o não pagamento pode se tornar o maior vilão, já que as taxas de juros estão entre as mais altas. Por isso mesmo, evite pagar o mínimo.

5. Fazer o cartão de loja

Falando em cartão, aqueles oferecidos por lojas são uma tentação, mas evite-os.  Os descontos e benefícios que tais recursos proporcionam não valem a pena, pois o valor das tarifas são maiores e você ainda vai ficar com mais uma arma contra a sua saúde financeira, estimulando o consumo, as compras por impulso ou não planejadas.

6. Empréstimos para situações não emergenciais

Fazer empréstimo para gastos não essenciais, como viagens, eletrônicos ou roupas, é um grande erro. Empréstimos contêm juros que vão aumentar o valor final a ser pago. Dessa forma, faça um planejamento e tenha paciência para guardar dinheiro a fim de realizar aquilo que você deseja. 

7. Gastar mais do que ganha

Gastar o dinheiro que você não tem pode destruir sua vida financeira. Com essa ação, você inevitavelmente criará dívidas. Fazer um empréstimo, como citado anteriormente, ou usar cheque especial, por exemplo, é uma maneira de fazer suas dívidas crescerem cada vez mais. 

De acordo com uma das Leis do Dinheiro, não adquira nada que você não possa pagar. A pendência é inimiga da prosperidade financeira, por isso, saber o quanto você ganha e o seu limite ajuda a evitar o surgimento de dívidas ou o agravamento das existentes. 

Agora que você já sabe o que não fazer quando se está endividado, evite hábitos prejudiciais para a sua vida financeira e construa um caminho rumo a quitação das suas dívidas! Para ajudar a superar essa fase, que tal tentar uma renda extra?