Misturas de estampas, exagero de cores, cortinas com frufrus… Acha tudo isso cringe? Pois bem… segundo o Maximalismo, você está fora de moda! Aliás, a moda, assim como o décor, é algo cíclico. Não à toa, o estilo da vovó está de volta. E agora muitas pessoas – sobretudo jovens – estão priorizando o exagero na decoração. Conheça um pouco sobre esse estilo que causa estranhamento, mas, com certeza, não passa despercebido.

Maximalismo prioriza o exagero, o vibrante e sobreposições 

Nesse décor, não existe o “menos é mais”. A regra aqui é o “mais é mais” mesmo! Esqueça os tons branco, bege, cinza etc. O ideal é abusar das cores, texturas e, até mesmo, do brilho.   

Se você pretende aderir ao estilo e, em algum momento, pensar que o ambiente vai ficar sobrecarregado, está no caminho certo. Ao contrário do minimalismo, este estilo propõe gerar composições personalizadas e interessantes, evitando os espaços vazios. A ideia é contar as histórias do morador “maximizando” os itens que compõem a decoração.

Os ambientes são personalizados com muitas lembranças

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Nos ambientes maximalistas é permitido usar várias cores contrastantes tanto nas paredes quanto nos objetos. Também podem ser utilizadas plantas, pinturas, coleções e lembranças, o que, de certa maneira, acrescenta muita personalidade ao espaço. 

O maximalismo flerta com o “kitsch”

O termo foi criado no século XIX para classificar produções artísticas consideradas inferiores, feias e exageradas. Com o tempo, a palavra começou a ser usada para se referir às casas com muitos bibelôs, como lembranças de viagens, cortinas de babados, estátuas de anjo ou o clássico pinguim de geladeira (Veja aqui o que é ou não é considerado um mico de decoração). 

O maximalismo também traz a tendência lançada pelos ricos europeus do século XVI e vitorianos de XIX, que tornaram público o seu gosto pelo excesso em casas cheias de pinturas, obras de artes, babados e badulaques.

Maximalismo é uma “revolta” às regras impostas 

Segundo especialistas, a releitura desse estilo é uma resposta à cultura do cancelamento ou das tendências virais da internet. Eles dizem, inclusive, que a versão 2022 do décor é uma “invenção” da Geração Z, que está cansada de seguir regras. 

Em entrevista ao portal Archdaily, os designers Josh e Matt – famosos na plataforma de vídeos Tik Tok por serem grandes entusiastas do estilo – atribuem o fenômeno à pandemia e aos lockdowns. Para eles, as pessoas “estavam com mais tempo livre e, com os recursos online, as reformas das casas e o DIY – faça você mesmo – cresceram em popularidade”; isso, de certa forma, teria proporcionado esse “grito de liberdade” e o boom de personalidade, ousadia e vibração à decoração. A internet, aliás, também é a inspiração do tumblr (conheça aqui).

O estilo é livre e traz consciência sustentável

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Mas nem só de ostentação vive o maximalismo. Embora a tendência possa parecer “materialista”, hoje ela tem influência em valores sociais contemporâneos como  o conceito de sustentabilidade. Por isso, os seus adeptos costumam dar dicas online sobre redução, reutilização e reciclagem de acessórios. Para os maximalistas, móveis e acabamentos devem durar e permanecer em circulação, minimizando a quantidade de resíduos gerados. Para isso, incentivam os itens reaproveitados e trocas de peças via Internet.

Ficou a fim de tirar tudo do armário e encher a sua casa de tendências? Muitas vezes, basta um pouco de exagero e ousadia para repaginar a casa e, também, a vida. Se fizer sentido para você, traga mais cor, estampas e textura para o seu lar. Mas se, definitivamente, essa não for a sua praia, conheça aqui o minimalismo.