Uma das primeiras instruções que todo planejador financeiro dá para quem está começando a organizar o bolso é fazer uma reserva de emergência. Você sabia que esse dinheiro pode salvar as contas no final do mês ou livrar você de imprevistos? Sim, esse valor é importante para momentos de eventuais necessidades.

Sabemos como pode ser difícil dar o primeiro passo rumo a uma organização financeira. Por isso, vamos explicar como construir uma reserva de emergência para não haver surpresas em 2023. Continue a leitura! 

O que é reserva de emergência?

reserva de emergencia

A reserva de emergência é uma espécie de poupança acumulada ao longo do tempo, capaz de cobrir suas despesas mensais fixas por um determinado período. Essa quantia só deve ser acionada quando você estiver passando por um momento de queda brusca na renda ou quando há despesas inesperadamente elevadas.

Criar uma reserva de emergência é o primeiro passo para uma vida financeira equilibrada e manter a saúde mental em dia. Este valor proporciona tranquilidade psicológica às pessoas, pois funciona como um seguro para casos como desligamento inesperado do trabalho, ocorrência de doença familiar ou outras situações imprevistas.

Quanto guardar na reserva de emergência?

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O valor da reserva de emergência varia de acordo com a soma das despesas mensais e o período de tranquilidade que se deseja ter. Comece colocando no papel todas as despesas da família, como moradia, alimentação, financiamento e saúde, entre outras.

Em seguida, você deve multiplicar pelo número de meses que deseja estar seguro. Então, se os custos fixos são de R$ 3.000 mensais e a meta é ficar protegido financeiramente por seis meses, a quantia da reserva de emergência deve ser de R$ 18.000.

Para estabelecer o tamanho da reserva de emergência, o ideal é considerar as condições específicas de cada um, entre elas: 

  • regularidade das receitas: se você é funcionário de uma empresa, o seu salário é o mesmo todos os meses, já um autônomo apresenta certa instabilidade no orçamento. Por isso, essas questões devem ser consideradas;
  • empregabilidade: a perda de emprego costuma ser uma das emergências mais comuns. Dependendo da sua facilidade em se realocar no mercado de trabalho, o tamanho da reserva deve ser proporcional. Se você atua em uma área com poucas vagas disponíveis, o recomendado é fazer uma reserva maior. 
  • compromissos assumidos: todos os compromissos já assumidos devem entrar na conta, incluindo financiamento imobiliário, plano de saúde e até mesmo assinaturas de streaming, entre outros. 

Como criar uma reserva de emergência?

Organizar o seu orçamento é essencial para juntar uma reserva de emergência. Depois disso, é necessário escolher um valor mensal que será utilizado exclusivamente para o fundo. Recomenda-se incluir esse valor em suas despesas fixas mensais, tornando a reserva tão relevante quanto as outras contas.

Se você estiver com o orçamento apertado, faça um pente fino em todas as despesas e corte aquelas que julgar desnecessárias, como cancelar algumas assinaturas de produtos e serviços que, mesmo não sendo usados, você continua pagando mensalmente, ou até mesmo evitar jantar fora muitas vezes na semana ou pedir comida por aplicativo com frequência.

Organize seu orçamento identificando entraves e excessos financeiros, abrindo espaço para que você comece a economizar de fato. Defina um valor de poupança mensal e coloque-o em um fundo de emergência o mais rápido possível. Não espere “sobrar dinheiro” para economizar, pois assim corre o risco de nunca sobrar nada.

Lembre-se que a consistência é a chave para o sucesso da reserva de emergência, portanto, não pare de guardar o seu dinheiro na reserva até que ela alcance o valor que você estabeleceu. 

Onde guardar o valor?

O melhor investimento para a reserva de emergência são os produtos de liquidez diária. Além de fazer o dinheiro render, eles permitem que o capital esteja disponível para saque a qualquer momento.

Nesse cenário, os bancos com contas remuneradas podem ser uma opção, pois geralmente oferecem rentabilidade diária de 100% do CDI e alguns pagam até mais.

Você também pode optar por aplicações em CDB, que pagam entre 90% e 100% da taxa DI, produtos com baixo risco de crédito e indicados para investidores com perfil conservador. 

O Tesouro Selic é outra boa opção para compor sua reserva de emergência, porque possui liquidez diária. Além disso, tem rentabilidade diária, então é muito provável que você retire mais do que investiu, mesmo com uma aplicação de curtíssimo prazo.

Estou com dívidas, como posso fazer a reserva?

Caso você esteja com dívidas pendentes, é recomendável priorizar o pagamento dos débitos, porque estes têm juros, o que pode aumentar a conta.

Depois de pagar suas dívidas, comece a construir um fundo de emergência, mesmo que seja pouco no começo. Também é possível buscar uma renda extra, seja um trabalho pontual ou a venda de uma peça sem uso.

Tenha em mente que quanto maior o total, melhor sua preparação para quaisquer imprevistos. Isso significa que você poderá agir em problemas que demandam mais.

Agora que você já sabe como fazer uma reserva de emergência, conheça dicas para fazer o seu 13º render e potencializar os ganhos!