As salas integradas estão cada vez mais populares na arquitetura e decoração de interiores. Isso porque, elas otimizam o uso dos espaços, fomentam encontros descontraídos entre os moradores e proporcionam uma maneira mais acolhedora e relaxada de receber visitas. Contudo, é preciso atenção para garantir a harmonia e funcionalidade entre os ambientes. Confira a seguir como integrar os espaços para alcançar um equilíbrio perfeito.

Como decorar as salas integradas?

Salas integradas são espaços versáteis que combinam diferentes ambientes, como a sala de estar e a sala de jantar, em um único espaço. Decorar esses ambientes de forma harmoniosa e funcional pode ser um desafio, mas com algumas dicas e considerações, é possível criar um espaço coeso e agradável. 

Defina um estilo de decoração

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Foto: Nathalie Artaxo/Divulgação/Revista Casa e Jardim

Na tarefa de decorar salas integradas com outros cômodos, a diversidade de estilos disponíveis oferece uma rica variedade de opções. Esses dois espaços podem seguir o mesmo estilo de decoração, criando uma continuidade visual que fortalece a sensação de unidade. Essa abordagem proporciona uma fluidez natural entre os ambientes, onde um complementa o outro de forma orgânica. 

No entanto, essa não é uma regra rígida. Você também pode escolher entre manter um estilo uniforme ou adotar decorações distintas em cada área dependendo do que você busca para sua casa.

Para aqueles que anseiam por uma residência ousada e repleta de personalidade, essa configuração oferece uma excelente oportunidade para explorar decorações diversas. Uma sala de estar e jantar com estilos contrastantes podem criar um ambiente dinâmico e surpreendente. A dica está em garantir que esses estilos distintos ainda possuam elementos de conexão, seja por meio de cores, materiais ou elementos decorativos compartilhados.

Ao optar por decorações diferentes para cada parte, é crucial encontrar um ponto de equilíbrio para evitar que a diversidade se transforme em desarmonia. Uma estratégia eficaz é escolher um elemento chave que seja utilizado em ambos os espaços. Essa conexão sutil ajuda a criar uma ponte entre os ambientes, mantendo a coesão geral da decoração.

Escolha as cores e a paleta cromática

Nas salas integradas, a diversidade de cores é uma possibilidade empolgante, porém é aconselhável buscar uma conexão visual através de uma paleta cromática unificadora. Embora as cores possam ser distintas em cada espaço, a presença de uma paleta que abranja todos os ambientes confere uma sensação de fluidez e unidade ao design.

Ao escolher as cores, a estratégia é eleger tons que trabalhem em conjunto e se complementem. Cores complementares são aquelas que se situam em lados opostos do círculo cromático, como azul e laranja, verde e vermelho. Elas trazem equilíbrio e uma energia agradável ao ambiente, criando um visual coeso e atrativo. Também é possível optar por tons que se harmonizam, como azul e verde, amarelo e laranja. Essa escolha cria um ambiente mais suave e relaxante, enquanto ainda mantém a sensação de unidade entre os espaços. 

Contudo, se você não quer errar de jeito nenhum, uma estratégia inteligente é optar por cores neutras e tons suaves, como os variados tons de branco, cinza e bege, que podem servir como uma excelente tela em branco para suas salas integradas, especialmente as compactas, onde qualquer recurso que contribua para criar uma sensação de amplitude é bem-vindo. As cores neutras oferecem uma sensação de elegância e simplicidade, proporcionando um pano de fundo versátil para as etapas subsequentes da decoração.

Neste cenário das cores neutras, você pode injetar personalidade e energia ao ambiente por meio de toques de cores em detalhes como almofadas, quadros, objetos decorativos e utensílios. Isso permite que você adicione profundidade e interesse visual, sem sobrecarregar o espaço. Lembre-se de que os detalhes coloridos podem ser facilmente trocados ou atualizados conforme as tendências ou sua própria evolução de estilo, garantindo flexibilidade ao design.

O importante é evitar exageros e contrastes muito bruscos para preservar a sensação de conexão entre os ambientes. Cores extremamente contrastantes podem gerar uma divisão visual e uma sensação de desconexão, prejudicando a fluidez que as salas integradas buscam justamente proporcionar. 

Fique atento aos lustres e iluminação

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Foto: Freepik

A escolha dos lustres é um aspecto significativo ao decorar espaços integrados, pois eles podem tanto realçar quanto interferir na coesão estilística. Embora não sejam necessários lustres idênticos, é importante que ambos estejam em harmonia visual para criar um senso de unidade.

Na seleção das luminárias, é crucial optar por peças que complementam o estilo geral da decoração que você busca. Seja o estilo moderno, clássico, rústico ou outro, as luminárias e lustres devem se integrar harmoniosamente à estética predominante. 

Para garantir uma sensação de equilíbrio, é aconselhável manter alguma conexão entre os lustres escolhidos. Isso pode ser feito através de elementos de design semelhantes, como a cor dos acabamentos, a forma das cúpulas ou o estilo geral. Essa coerência visual contribui para que os lustres, mesmo que não idênticos, conversem entre si e com o ambiente como um todo.

Outra opção é escolher versões diferentes de um mesmo modelo, por exemplo, um plafon para a sala de estar e um pendente para a sala de jantar, acima da mesa.

Delimite as áreas com tapetes e revestimentos

A utilização estratégica de tapetes pode desempenhar um papel fundamental na delimitação visual de diversas áreas dentro de um espaço integrado, como as zonas de estar, jantar ou cozinha. A seleção cuidadosa de tapetes não apenas define essas áreas, mas também contribui para o equilíbrio estético do ambiente.

Uma tática eficaz para delinear espaços em uma sala integrada é empregar tapetes distintos em cada área. Por exemplo, na configuração de uma sala e cozinha integradas, optar por um tapete que exale conforto na área da sala e escolher um tapete mais funcional e antiderrapante na cozinha. Isso não só diferencia as áreas, mas também considera as necessidades específicas de cada espaço, garantindo que eles estejam tanto visual quanto funcionalmente otimizados.

Se a ideia de ter tapetes na cozinha não lhe atrai, há alternativas viáveis para explorar. Por exemplo, você tem a possibilidade de incorporar um tapete elegante, de dimensões generosas, posicionado na área da sala. Essa escolha consegue efetivamente transmitir a distinção entre os espaços. Além disso, outra alternativa é utilizar um segundo tapete na área da sala de jantar, intensificando ainda mais a delimitação visual entre esses ambientes.

A mesma abordagem pode ser aplicada em relação aos pisos. Enquanto a sala apresenta um carpete ou piso de madeira, a cozinha pode ser destacada por meio de um revestimento de porcelanato ou cerâmica, estabelecendo assim uma transição física e estilística entre as diferentes áreas. Essas alternativas proporcionam não apenas uma diferenciação clara, mas também acrescentam um toque de personalidade e estilo à configuração do espaço integrado.

Use móveis de transição

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A introdução de elementos de transição se destaca como uma estratégia refinada para separar os espaços de uma maneira sutil, mantendo uma sensação de conexão visual entre eles. Móveis baixos ou estantes vazadas, por exemplo, representam abordagens eficazes para atingir esse objetivo.

Esses móveis de menor altura possuem a habilidade de definir limites visuais sem interromper a fluidez entre os ambientes. As estantes vazadas, em particular, possuem a vantagem de criar uma divisão parcial entre os espaços, mantendo um senso de continuidade visual. Essas estantes podem ser usadas tanto como itens de armazenamento quanto como elementos decorativos.

No processo de escolha, priorize móveis que se encaixem harmoniosamente com o estilo de decoração escolhido. A coesão estilística contribui para uma transição suave entre as áreas, criando um ambiente unificado. Além disso, considere a funcionalidade dos móveis. Por exemplo, um aparador como mini bar pode servir como ponto de encontro social. Apenas lembre-se: deixe espaço suficiente ao redor do mobiliário para permitir a circulação confortável.

Se sua sala for integrada com a cozinha e esta permitir, uma ilha ou bancada multifuncional pode não só separar os espaços, mas também servir como local para preparação de alimentos, refeições rápidas ou até mesmo um espaço para trabalhar.

Decore as paredes

Foto: Natalia Artaxo/Casa.com.br

A criação de uma parede de destaque em ambos os ambientes é uma estratégia poderosa para imprimir personalidade e coesão nas salas integradas. Essas paredes adicionam um toque de individualidade, além de fornecerem um ponto focal que une visualmente os diferentes espaços.

Quadros, prateleiras e espelhos são algumas das possibilidades para decorar essas paredes de forma complementar. Ao combinar esses elementos de maneira inteligente, é possível alcançar um equilíbrio estético e funcional que aprimora a atmosfera geral do ambiente.

Para garantir a coesão entre as paredes de destaque em ambos os ambientes, considere manter uma ligação visual entre os elementos decorativos escolhidos. Isso pode ser alcançado através de uma paleta de cores similar, estilos de molduras ou até mesmo uma temática compartilhada.

Adicione plantas e elementos naturais

A inserção de plantas e elementos naturais em ambientes integrados é uma uma dica coringa para trazer vida e frescor. A presença da natureza não só acrescenta um toque estético agradável, mas também proporciona benefícios para o bem-estar, tornando o espaço mais vibrante e aconchegante.

Ao incorporar vasos de plantas ou arranjos florais, é possível criar uma ligação visual entre os ambientes, estabelecendo uma coesão que flui naturalmente. Esses elementos naturais funcionam como pontos de ancoragem que unem os espaços, reforçando a sensação de unidade em uma sala integrada.

A disposição das plantas também é importante para criar um impacto visual marcante. Coloque-as em locais estratégicos, como em prateleiras, mesas de centro ou cantos vazios, para adicionar profundidade e interesse ao ambiente.

Ao escolher plantas e arranjos florais, leve em consideração as condições de iluminação e o nível de manutenção que você está disposto a oferecer. Algumas plantas prosperam melhor em ambientes ensolarados, enquanto outras preferem locais com menos luz direta. Opte por espécies que se adaptem ao ambiente e às suas habilidades de cuidado.

Juntando cores, lustres, tapetes e móveis de jeito estratégico, você cria salas integradas lindamente decoradas e que também funcionam super bem na rotina. E lembre-se, não existem regras rígidas! O segredo é descobrir jeitos que mostram quem você é, criando um cantinho onde tudo se encaixa harmonicamente e ajudam a transformar a sua casa em um lar.