O seguro residencial se destaca como uma maneira eficaz de proteger os moradores contra os infortúnios que podem recair sobre um dos ativos mais valiosos – o imóvel. Abrangendo riscos que variam de incêndios a danos acidentais, incluindo furtos e outros percalços, esse mecanismo oferece tranquilidade diante do inesperado. Mas como funciona o seguro residencial para apartamento?
O que é o seguro residencial?
As malas estão prontos e o destino já está certo: aquela tão esperada viagem de férias! Porém, bem na reta final, um certo receio pode surpreender: e se algo der errado na casa vazia?
É nesse enredo de incertezas que entra em cena o seguro residencial. E a melhor parte é que ele pode ser mais acessível do que você imagina, especialmente quando comparado aos apertos que poderiam surgir. Não é à toa que, de acordo com um levantamento realizado pela Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), entre 2017 e 2021, houve um notável crescimento de 25% na adesão ao seguro residencial no Brasil. Essa tendência reflete uma transformação no panorama das residências do país, onde o seguro residencial passou a ser percebido como uma medida de proteção vital.
Como funciona o seguro para residências?
O seguro residencial tem ganhado destaque como uma medida essencial para proteger o patrimônio familiar em meio a imprevistos. Esse tipo de seguro funciona como uma salvaguarda financeira contra uma ampla gama de incidentes, como incêndios, roubos, danos causados por desastres naturais e acidentes domésticos.
O segurado paga uma quantia anual à seguradora, conhecida como prêmio. Também é possível fazer contratações mensais. Em troca, a seguradora assume a responsabilidade de cobrir os custos de reparo e substituição de bens danificados, além de oferecer assistência em momentos de crise, desde que tais danos sejam decorrentes de situações “cobertas”, ou seja, previstas na apólice de seguro, isto é, no contrato firmado junto à seguradora.
Passo a passo para a contratação
Primeiramente, o proprietário interessado em adquirir a cobertura solicita uma cotação à seguradora, informando detalhes sobre a propriedade e os bens a serem segurados. Com base nessas informações, a seguradora avalia os riscos associados à propriedade e determina o “prêmio” a ser pago, ou seja, o preço do seguro.
Uma vez que o prêmio é pago, a apólice é emitida e a cobertura contratada para os riscos previstos entra em vigor. Em caso de um incidente coberto pela apólice, como um incêndio que danifique a residência, o segurado entra em contato com a seguradora para iniciar abrir o processo de sinistro, nome dado à ocorrência de todo evento que tem cobertura. Esse processo envolve fornecer evidências do dano, como fotos e documentos. Em casos de roubos ou furtos, por exemplo, pode ser necessário apresentar um boletim de ocorrência à polícia para validar o sinistro. Depois, basta aguardar a avaliação da seguradora, que pode solicitar uma vistoria para checagem dos fatos.
Após a avaliação do sinistro, a seguradora determina o valor da indenização de acordo com os termos da apólice. Dependendo da natureza do incidente, a seguradora pode optar por reparar ou substituir os bens danificados.
É importante notar que as apólices de seguro residencial geralmente incluem uma franquia, ou seja, um valor que o segurado deve pagar antes que a seguradora inicie os pagamentos de indenização, como se fosse uma “coparticipação” no reparo do dano. Além disso, apólices podem ter limites de cobertura para diferentes tipos de incidentes.
Principais coberturas
O seguro residencial oferece a flexibilidade de escolha entre coberturas básicas ou mais abrangentes, adaptando-se de acordo com as necessidades e preferências do segurado. A cobertura básica abarca eventos primários, como incêndios, raios e explosões.
Além disso, ela se estende para incluir desdobramentos decorrentes desses eventos, como os custos relacionados ao combate ao fogo e ocorrências como desmoronamentos, tanto parciais quanto totais, entre outros. Entretanto, para uma proteção ainda mais sólida diante de imprevistos, é possível agregar uma variedade de outras coberturas. Entre as possibilidades estão:
- Incêndios decorrentes de explosões de aparelhos ou quaisquer substâncias (além do gás de cozinha, contemplado na cobertura básica);
- Terremotos;
- Vendaval, furacão, ciclone, tornado e granizo;
- Danos causados por destelhamentos;
- Cobertura para danos na parte elétrica;
- Roubo e furto de bens;
- Vazamentos;
- Proteção contra alagamentos ou enchentes;
- Situações envolvendo quedas de aeronaves;
- Acidentes provocados por veículos que resultem em danos ao imóvel;
- Responsabilidade civil, a qual engloba acidentes com terceiros ocorridos no interior da residência ou do apartamento.
Como funciona o seguro residencial para apartamento?
Embora em linhas gerais o seguro residencial para apartamento seja igual ao seguro residencial convencional, a opção para apartamento costuma ser mais econômica. Isso porque, as casas estão mais propensas a riscos, como inundações e até furtos.
Além disso, por lei, os condomínios precisam ter seu próprio seguro. Ou seja, algumas despesas podem ser cobertas pela seguradora do prédio, não pela sua. Caso você queira contratar um seguro próprio, a cobertura pode focar em aspectos do seu apê, como danos na estrutura da sua unidade, responsabilidade civil (caso aconteça algo que afete outros moradores) e roubo. A preocupação principal pode ser com pertences internos, como móveis e eletrodomésticos.
Quais as vantagens do seguro residencial para apartamento?
Ter um seguro residencial para apartamento oferece uma série de vantagens que podem trazer tranquilidade e proteção para você e sua família. Algumas das principais vantagens incluem:
Custo x benefício
Há flutuações nos valores a serem pagos à seguradora — geralmente ligadas ao tipo de propriedade (casa ou apartamento), à localização, ao volume de itens na residência e outros aspectos. Contudo, o montante a ser investido é bastante acessível, principalmente para os apartamentos, que por ter uma infraestrutura de segurança, são considerados de menor risco.
Você ainda tem a opção de parcelar o pagamento em prestações menores ou quitar integralmente o prêmio que cobre um ano inteiro de seguro.
Proteção financeira
Além das proteções previamente citadas, diversos seguros residenciais para apartamento oferecem serviços de emergência para realizar pequenos consertos, serviços de chaveiro, eletricista, reparos em aparelhos como máquinas de lavar e outros eletrodomésticos, e até mesmo a instalação de itens como olho mágico, prateleiras e varais. Embora muitas vezes, na hora do desespero, se recorra ao zelador do prédio, ele não é obrigado a fazer qualquer tipo de serviço na parte interna do apartamento. Em situações de emergência, seu papel de limita a dar suporte aos moradores.
Personalização
A decisão de adquirir um seguro residencial para apartamento oferece a vantagem de você poder selecionar a apólice que se alinha perfeitamente às suas necessidades e à sua capacidade financeira. Sendo assim, você pode adaptar o seguro de acordo com os riscos que considera mais pertinentes para a sua situação. Há companhias, por exemplo, que oferecem cobertura exclusiva para pagamento do condomínio, em caso de o segurado ficar desempregado. Danos elétricos, vazamentos e tubulações, além de pequenas reformas e instalações também são coberturas possívels do seguro residencial para apartamento.
Quando posso acionar a seguradora?
Determinar quando acionar o seguro está diretamente ligado às coberturas estabelecidas no contrato. É fundamental enfatizar a importância de uma análise minuciosa de todas as cláusulas antes de assinar o documento. Esse procedimento possibilita uma compreensão precisa das circunstâncias que permitem o acionamento do seguro e o subsequente ressarcimento.
Contudo, dentre os cenários mais comuns estão: avarias em eletrodomésticos, incêndios ou explosões de pequena escala, efeitos de vendavais, responsabilidade por danos causados a terceiros e quebra de vidros – sempre que as devidas coberturas para esses incidentes estiverem previstas no contrato.
Cuidados na contratação
Algumas partes do contrato merecem uma atenção especial e uma leitura detalhada. Isso porque as seguradoras podem não cobrir certos riscos e você pode não receber indenização se o que aconteceu estiver nesses casos.
Na seção “Riscos Excluídos” do contrato ou do Manual do Segurado que você geralmente recebe quando contrata, podem ter situações em que a seguradora não se responsabiliza, como furtos em que não dá para provar que alguém entrou na residência (como arrombamentos de portas ou janelas).
Então, além de ler o contrato com atenção, o corretor de seguros e a seguradora podem te explicar os detalhes. Não hesite em perguntar, afinal, tudo que você quer é justamente ter tranquilidade e surpresas desagradáveis no futuro não fazem parte desse objetivo!
Agora que você já está por dentro de como funciona e quais são vantagens de um seguro residencial, é hora de avaliar e preparar o planejamento financeiro.