A decoração de interiores está em constante movimento e o que era sucesso há poucos anos já não está em alta. Em 2025, por exemplo, algumas tendências que dominaram a cena por um bom tempo já estão dando lugar a outros modismos. Se você está pensando em renovar a sua casa, veja alguns tendências de decoração ultrapassadas.

1. Adeus ao cinza monocromático

cinza faz parte das tendências de decoração ultrapassadas
Foto: Ground Picture / Shuttestock

Por anos, o cinza foi a cor neutra dominante, chegando até a ser considerada o novo bege. Presente em paredes, móveis e pisos, ele se tornou a base do estilo escandinavo e minimalista, prometendo sofisticação e atemporalidade. No entanto, a sua onipresença acabou tornando os ambientes frios, impessoais e, em muitos casos, sem vida. A monocromia excessiva, que antes era vista como elegante, hoje pode dar a sensação de um espaço sem personalidade.

Diante disso, a grande aposta é o retorno das cores e texturas. A tendência agora é criar uma “casa com cara de casa”, onde a paleta de cores não se restringe a um único tom. O ideal é usar o cinza como um elemento neutro, mas combiná-lo com cores quentes e materiais naturais. A madeira, por exemplo, volta com força, assim como a palha e outros tecidos que trazem aconchego. Plantas se tornam um item obrigatório para adicionar pontos de vida e frescor. A ideia é construir um espaço que, em vez de ser um showroom, seja um reflexo da sua personalidade.

2. Minimalismo extremo faz parte das tendências de decoração ultrapassadas

minimalismo faz parte das tendências de decoração ultrapassadas
Foto: LEA DINH / Shutterstock

O “menos é mais” também precisa de certa moderação! O minimalismo extremo prega a eliminação de qualquer objeto desnecessário, resultando em ambientes vazios e, muitas vezes, estéreis. A intenção era criar um espaço de paz e ordem, mas o resultado frequentemente era um lar sem história, sem memórias e sem personalidade. O medo de cometer erros na decoração fazia com que as pessoas evitassem colocar quadros, objetos de arte ou qualquer item que pudesse “poluir” o visual.

Agora, a regra é se reconectar com a sua história. Nesse cenário, o maximalismo controlado surge como uma alternativa que valoriza a personalidade e a memória. Trata-se de um movimento que celebra a inclusão de objetos pessoais, como fotos de família, lembranças de viagens e peças de arte. A ideia não é lotar a casa de itens aleatórios, mas misturar o novo e o antigo, o moderno e o vintage, de forma intencional e harmoniosa. O lar passa a ser uma galeria de memórias, onde cada peça conta uma história.

3. Adeus à imitação de mármore artificial

mármore faz parte das tendências de decoração ultrapassadas
Foto: Chitaika / Shutterstock

Por muito tempo, o mármore foi sinônimo de luxo e elegância, e a sua imitação em pisos e revestimentos se popularizou para trazer esse toque de sofisticação de forma mais acessível. No entanto, as imitações artificiais, principalmente aquelas com veios escuros e marcados, acabaram se tornando uma tendência datada. Elas não só parecem frias e artificiais, como também tendem a desvalorizar o ambiente com o tempo.

A busca por autenticidade e conforto é a palavra de ordem. A preferência agora é por materiais que remetam à natureza. Para os pisos, as opções amadeiradas, que trazem calor e aconchego, são a grande aposta. Acabamentos acetinados e foscos também ganham destaque, pois absorvem a luz e deixam o ambiente mais leve. Para quem já possui pisos de mármore, a dica é usar tapetes e móveis de madeira para equilibrar a frieza do material e criar um espaço ainda mais acolhedor.

4. Não ao brilho excessivo dos móveis 

rack com laca faz parte das tendências de decoração ultrapassadas
Foto: Ttatty / Shutterstock

Os móveis laqueados com acabamento brilhante, especialmente nas cores preto e branco, foram uma febre na decoração moderna. O brilho intenso prometia um visual clean e sofisticado. Contudo, essa característica excessivamente reflexiva acabou cansando o olhar e tornando o ambiente pesado e “agressivo”. O reflexo da luz em cada superfície podia ser cansativo e tirava o foco de outros elementos.

A nova estética valoriza a discrição e a delicadeza. A preferência agora é por superfícies foscas e acetinadas, tanto em móveis, quanto em objetos de decoração. Essas texturas, além de mais elegantes e atemporais, refletem menos a luz, criando um ambiente mais suave, leve e relaxante. A ideia é que a mobília e a decoração se integrem ao espaço de forma mais harmônica, sem competir por atenção.

5. Quadros abstratos sem personalidade

quadros sem personalidade fazem parte das tendências de decoração ultrapassadas
Foto: Ground Picture / Shutterstock

A facilidade de encontrar quadros abstratos genéricos em larga escala fez com que eles se tornassem um item comum em muitas casas. No entanto, a falta de personalidade dessas peças, um tanto quanto massificadas, não costumam agregar valor, nem significado aos ambientes. O resultado é uma decoração com a mesma cara de tantas outras, sem a identidade do morador.

Atualmente, a decoração celebra a individualidade. A nova tendência é preencher as paredes com peças que contam uma história. A escolha deve recair sobre obras de arte únicas, fotos de família ou ilustrações que tenham um significado especial. É o momento de buscar artistas locais, investir em peças de artesãos ou até mesmo em trabalhos fotográficos que capturam momentos importantes, como um quadro de foto estilo DIY – faça você mesmo. Dessa maneira, a parede se torna uma tela de expressão pessoal, e não um espaço para preencher com algo genérico.

6. A mesmice dos conjuntos de móveis completos

conjunto de móveis faz parte das tendências de decoração ultrapassadas
Foto: Pixel-Shot / Shutterstock

A compra de kits que combinam de forma idêntica (como sofás, poltronas e racks da mesma coleção) sempre foi uma solução prática para muitos. Porém, essa uniformidade torna a decoração sem graça e previsível. A falta de contraste e de mistura de estilos, geralmente, resulta em ambientes que parecem cópias uns dos outros, sem um toque de originalidade.

A regra agora é quebrar a monotonia. A nova tendência é misturar e combinar. A ideia é comprar peças que se complementam, mas que não são idênticas. Por exemplo, um sofá de linhas retas pode ser combinado com poltronas arredondadas, ou uma mesa de centro de madeira pode contrastar com um rack de metal. A mistura de texturas, cores e formas é incentivada para criar um visual único, dinâmico e que reflete um olhar mais apurado e pessoal sobre a decoração.

7. Estampas geométricas saem de cena

estampas geométricas faz parte das tendências de decoração ultrapassadas
Foto: Ground Picture / Shutterstock

Por volta de 2015, as estampas geométricas se tornaram muito populares, aparecendo em papéis de parede, almofadas e tapetes. Embora a intenção fosse trazer dinamismo, o excesso de linhas e formas marcadas em muitos ambientes acabou pesando o visual e se tornando uma estética ultrapassada.

A busca por ambientes mais leves e aconchegantes direciona a atenção para estampas e texturas naturais. Papéis de parede com motivos de folhagens, paisagens ou texturas que imitam o linho, por exemplo, ganham destaque. A preferência por estampas orgânicas, que remetem à natureza, ou por texturas de tecidos como o algodão e o linho, é uma forma de trazer mais conforto visual e tátil para os espaços.

8. A sutileza no uso do ripado

ripado faz parte das tendências de decoração ultrapassadas
Foto: Joseph Hendrickson / Shutterstock

O ripado se tornou um elemento de destaque na decoração, usado em paredes, painéis e até mesmo em móveis. Diante disso, a sua popularização massiva e o uso indiscriminado, especialmente em superfícies inteiras e em madeira artificial, acabou saturando o mercado. O excesso desse elemento, que antes era visto como um toque de modernidade, hoje pode parecer cansativo e datado.

O ripado não desapareceu por completo, mas a sua aplicação se tornou mais sutil e consciente. A tendência é usá-lo em pontos focais específicos, como em uma meia parede ou em painéis menores. As cores também se tornaram mais neutras e suaves, como a cor da própria parede, para que o elemento se integre ao ambiente de forma mais harmônica e discreta, sem se tornar o centro das atenções. A moderação é a chave para que ele continue sendo um elemento de design elegante.

A decoração vai muito além de seguir tendências

Gostou de saber o que está em alta e em baixa? As tendências são um chamado para repensar nossos espaços, trocando a impessoalidade por uma dose saudável de individualidade. O foco está na escolha consciente de texturas, cores e na valorização de peças que contam uma história, pois a casa ideal não é aquela que se parece com a capa de uma revista, mas sim a que se parece conosco.