Apesar de 73% das cidades brasileiras fazerem a coleta seletiva, em muitas delas, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a coleta encontra-se numa fase inicial. No entanto, você pode contribuir para mudar esse cenário, começando a reciclar.

Sabe aquelas latinhas vazias que ficaram do churrasco do final de semana? Assim como outros resíduos, que parecem não ter mais utilidade, como garrafas plásticas e caixas de papelão, elas podem ser reaproveitadas em diversas atividades, auxiliando não só na preservação da natureza, mas também na geração de empregos. Isso porque o aumento dos índices de reciclagem tem um impacto direto na geração de empregos e renda. 

Para começar, saiba quais são os materiais que podem ser reciclados e onde fazer o descarte correto. 

O que pode (e deve!) ser reciclado 

  • Garrafas pet, caixas do tipo tetrapack e embalagens de vidro.
  • Latas de alumínio e latão.
  • Cadernos, papéis e envelopes.
  • Papelão.
  • Isopor.
  • Potes plásticos.
  • Frascos de cremes, xampu e creme de barbear.
  • Embalagens plásticas de arroz, feijão, farinhas, sal, açúcar etc.
  • Escovas de dentes.
  • Canos, tubos e acrílicos.
  • Equipamentos eletrônicos.
  • Pilhas e baterias.
  • Baldes.

Mas atenção: papéis sujos e engordurados, que tenham impressão, como cupom fiscal e fotografias, ou com cola, como etiquetas adesivas e adesivos não podem ser reciclados. Da mesma forma, vidros de carros e de janelas, espelhos, cristais, cerâmicas e porcelana também não servem para serem encaminhados à reciclagem. Outros materiais inapropriados para o processo são latas de tinta e verniz, clipes, grampos e restos de alimentos. No caso dos alimentos, o que você pode fazer para reduzir o descarte é evitar o desperdício. Veja como!

Clique aqui e saiba quais são os outros itens que podem ser reciclados.

Como separar os resíduos para reciclar

Comece por adotar latões diferentes de lixo: um para colocar o lixo seco (reciclável) e outro para o lixo úmido (orgânico e comum).

No caso dos itens a serem encaminhados para a reciclagem, alguns cuidados adicionais são necessários. Um deles é evitar amassar e rasgar os papéis. Também é necessário esvaziar e lavar as embalagens. Além de ser um ato de respeito e empatia com as pessoas que os manuseiam, a limpeza é a garantia que aqueles materiais estão preparados para a reciclagem.

Vidros quebrados devem ser embrulhados em papel grosso, colocados dentro de caixas ou de garrafas pet para evitar acidentes. Sinalize com a escrita “vidro quebrado”.

Hora do descarte – o que fazer após a separação do lixo reciclável?

Após separar o material, informe-se sobre a coleta seletiva no seu bairro. Caso ela não seja realizada pela prefeitura, procure postos de entrega voluntária, Ecoponto, supermercados ou cooperativas. Caso prefira, use ferramentas de busca como o eCycle e o aplicativo Cataki que conecta catadores a pessoas que querem fazer descarte.

Lixo tóxico, como pilhas, lâmpadas e baterias de celular devem ser devolvidos aos fabricantes ou depositados em coletores específicos. Remédios não devem ser jogados no vaso sanitário ou no lixo comum, pois podem prejudicar animais ou contaminar o solo e a água. O descarte deve ser feito em farmácias ou postos de saúde. 

Muitos condomínios residenciais já possuem áreas destinadas ao descarte de lixo reciclável. Se o seu não possui, seja o agente dessa transformação. Converse com o síndico do seu prédio e sugira a instalação de um ponto de coleta no condomínio.

Para reciclar é só começar. Faça a sua parte e impacte positivamente o futuro de todos nós! 

* Conteúdo produzido em parceria com o Instituto Akatu.