O mercado imobiliário ainda gera dúvidas em muita gente que está disposta a investir em um setor tão valorizado e seguro como este, mas que ainda não sabe se tem todas as condições financeiras de partir para uma aquisição de porte tão elevado. Por isso, descobrir se é possível comprar apartamentos com zero de entrada pode ser muito importante.
Essa é uma das partes que mais pode atrapalhar o comprador, uma vez que, na maioria das vezes, não é simples organizar as próprias finanças e juntar o montante necessário para arcar com o início do financiamento de um imóvel.
Afinal, a entrada é obrigatória?
Na prática, a entrada não é obrigatória, mas os bancos e instituições financeiras que disponibilizam opções de financiamentos imobiliários costumam emprestar, no máximo, entre 70% e 80% do valor do imóvel. Isso é feito por diversos motivos, entre os quais trazer um pouco mais de garantia de que esse interessado arcará com a dívida adquirida e não ficará inadimplente.
A entrada, portanto, representa de 20% a 30% do preço total da propriedade. Porém, em algumas situações, é possível fazer um financiamento de imóvel sem entrada, embora esse seja um caminho menos comum. As principais opções para isso são parcelar esse pagamento com a compra direta com uma construtora ou se enquadrar em um programa habitacional.
Em quais casos é possível comprar sem entrada?
Como você viu no tópico acima, a entrada não é obrigatória, embora seja a prática mais comum e recorrente no mercado imobiliário brasileiro. Se você não conta com esse valor, terá que escolher entre as duas opções que citamos, como a compra direta com a construtora ou fazer o financiamento por um programa habitacional.
Compra direta com a construtora
Na compra direta com a construtora, não é que você deixe de pagar a entrada na compra do seu apartamento, mas sim que você consegue parcelar esse valor em prestações bem mais suaves. No entanto, você deve ter em mente que deverá apresentar os documentos que comprovem sua capacidade de pagamento enquanto comprador.
Contudo, em comparação com os trâmites com a maioria dos bancos e instituições financeiras, esse processo acaba sendo bem menos burocrático. Em linhas gerais, as empresas deste segmento estipulam prazos em torno de 15 anos para o pagamento do financiamento, mas isso varia de instituição para instituição e de acordo com o seu perfil.
Vale lembrar também que, com a construtora, você comprará um imóvel na planta, ou seja, terá que esperar algum tempo para efetuar a mudança e viver por lá. Usualmente, o parcelamento da entrada é possível até a entrega das chaves e você precisa avaliar a sua saúde financeira para saber se conseguirá se manter adimplente.
Compra por programas habitacionais
Os programas habitacionais sempre foram muito populares no Brasil e isso aumentou com o Minha Casa Minha Vida e o Casa Verde e Amarela. Eles funcionam por meio da Caixa Econômica Federal, uma instituição bastante tradicional e que é a maior concessora de crédito para o mercado imobiliário no País.
Por meio dos programas você pode conseguir melhores condições de entrada e ao longo do financiamento ao se enquadrar nas exigências feitas para que você se torne elegível para esses benefícios. Vale lembrar que o Programa Casa Verde Amarela, do Governo Federal, é uma evolução do Minha Casa Minha Vida.
Na nova modalidade, a divisão continua por renda, sendo que o grupo 1 inclui famílias cujas rendas sejam menores que R$ 2.400, os grupos 2, 3 e 4 para famílias que recebem até R$ 4.000 e o grupo 5 as que ganham até R$ 7.000. Não se esqueça que o saldo do FGTS pode ser usado no momento da contratação, como entrada do financiamento.
Como a entrada é calculada?
Como dissemos, na prática, os bancos e instituições financeiras não aceitam financiamentos de valores que sejam superiores a 80% do preço do imóvel. Isso geraria um montante de 20% para ser dado de entrada, mas existem outros fatores que também são considerados na hora de fazer o cálculo e definir uma quantia.
Empréstimos para aquisições imobiliárias não são pequenos e levam anos ou mesmo décadas para serem pagos. Por isso, a sua renda declarada é usada como base, uma vez que a maior prestação não pode ultrapassar 30% dos rendimentos familiares brutos mensais. É possível agregar o salário não apenas do requerente, mas também de seu cônjuge e até familiares.
Como funciona a entrada com o FGTS?
Você também poderá pagar a entrada do imóvel ao utilizar o saldo do famoso FGTS, que é o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Trata-se de uma excelente alternativa para quem deseja fazer esse pagamento com dinheiro do próprio bolso e se livrar dessa parte. No entanto, existem algumas regras para que você possa fazer o saque.
Entre as principais exigências está o fato de que a propriedade precisa estar localizada na cidade em que você vive, trabalha ou, pelo menos, na mesma região metropolitana. O imóvel precisa ser residencial, estar situado em área urbana e você não pode ter outro financiamento em aberto pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação).
Como comprar um imóvel com poucos recursos?
Fornecemos, ao longo deste conteúdo, algumas alternativas para que você consiga facilitar a entrada de um financiamento imobiliário. Nem sempre é fácil juntar o dinheiro necessário para a aquisição de uma propriedade, especialmente em um País como o Brasil, que passa por muitas oscilações econômicas.
Por isso, você deve considerar as melhores opções disponíveis no mercado, como o fato de ser elegível para um programa habitacional do Governo Federal. O Casa Verde e Amarela é uma evolução do Minha Casa Minha Vida e pode fazer com que você seja dono do seu imóvel, com condições facilitadas, juros mais baixos e amplo prazo de pagamento.
E então, gostou de aprender mais sobre a possibilidade de comprar apartamentos com zero de entrada? Então que tal conferir aqui o quanto guardar por mês para comprar um apartamento?