Antigamente, costumava-se dizer que o local ideal para um cachorro era um espaço amplo, onde ele pudesse correr e brincar à vontade. Contudo, com a crescente verticalização das cidades, tornou-se comum a dúvida sobre como criar um cachorro em apartamento, ou seja, sem quintal. Será que é possível manter um cãozinho feliz e saudável em um ambiente como esse?

Para ajudar a esclarecer essa questão, elaboramos algumas dicas para que você possa adaptar o seu cachorro ao apartamento de forma confortável e saudável, tanto para ele quanto para você. Não deixe de conferir!

É possível ter um pet em apartamento?

Se você mora em um apartamento, saiba que é possível criar um cachorro de estimação com sucesso! Para isso, é fundamental que o seu pet tenha o próprio espaço dentro do imóvel e que você se comprometa a levá-lo para passear diariamente, permitindo que ele faça suas necessidades e se exercite.

Independentemente do local onde você mora, essa é uma prática fundamental para garantir o bem-estar do seu peludo. Além disso, é preciso avaliar cuidadosamente o espaço disponível no apartamento para o seu animal de estimação. Dito isso, não é indicado manter um cão grande em um espaço muito limitado, como uma kitnet.

Por outro lado, se você mora em um apartamento grande, é possível que um cão maior se sinta confortável e tenha bastante espaço para se movimentar. Portanto, em geral, raças menores se adaptam melhor a espaços compactos, tornando-se excelentes companheiros para quem vive em apartamentos.

10 dicas de como criar cachorro em apartamento

Criar um cachorro em apartamento pode ser um desafio, mas com algumas dicas e cuidados, é possível garantir uma adaptação tranquila e feliz para o seu pet. Confira abaixo algumas orientações importantes para quem deseja ter um cão em um conjunto residencial:

1. Pesquise raças

Sem dúvida, o modo como um cão é criado é um dos principais fatores que influenciam em seu comportamento. Entretanto, é importante destacar que a raça também pode contribuir para diversos traços de sua personalidade. Algumas raças, como o Basset Hound, tendem a ser mais calmas e tranquilas, enquanto outras, como o Border Collie ou Jack Russel Terrier, costumam ter muita energia. Há até casos de hiperatividade. Portanto, certas raças podem se adaptar melhor a espaços menores, enquanto outras podem exigir mais espaço e atividades físicas para se manterem saudáveis e felizes.

Por essa razão, é crucial compreender melhor as características de cada raça antes de decidir criar um cachorro em um apartamento e avaliar o ambiente em que o animal irá viver.

2. Necessidades no lugar correto

Para aqueles que possuem uma casa com quintal, o ensino do local para que o pet faça suas necessidades é geralmente mais fácil. No entanto, a higiene para criar um cachorro em apartamento exige uma abordagem mais elaborada. Nesses casos, é recomendado a reserva de um local específico para o pet fazer suas necessidades, como um tapete higiênico.

Essa prática não apenas mantém a higiene do ambiente, mas também evita que você tenha que sair com o seu cachorro várias vezes ao dia para que ele possa evacuar. Ao ensinar o pet a utilizar o tapete higiênico, é importante usar o método do reforço positivo. Ou seja, premiar o pet com petiscos e elogios sempre que ele fizer xixi ou cocô no local adequado.

É importante ressaltar, ainda, que a escolha do local ideal para o tapete higiênico deve ser feita com cautela. O local deve estar longe da área de alimentação do pet e, de preferência, em um lugar de fácil acesso para o animal. Além disso, é essencial que o tapete seja trocado com frequência para evitar odores desagradáveis e manter a higiene do ambiente em dia. 

3. Cantinho especial

Para que o seu cão se sinta mais seguro e confortável em seu apartamento, é altamente recomendado criar um cantinho especial para ele, mesmo que o pet tenha livre circulação por todo o ambiente ou durma com você. Dessa forma, quando ele estiver sozinho, terá um lugar de costume para ficar e saberá onde encontrar suas coisas.

Esse cantinho deve incluir uma caminha confortável e uma caixa para guardar os brinquedos do cãozinho, o que também ajuda a manter o espaço organizado. Não é necessário muito espaço: um canto da sala ou do quarto já é suficiente. Uma dica é optar por um lugar na casa onde a família costuma ficar, pois o animal aprecia a companhia dos tutores.

Por outro lado, evite a escolha de locais próximos a produtos químicos, como áreas de serviço. Mesmo que eles não estejam ao alcance do animal, podem ser tóxicos se inalados por muito tempo. Além disso, evite locais com correntes de vento, como varandas e áreas de serviço, que também podem prejudicar a saúde do animal.

4. Comida e água em lugares limpos

Para garantir que seu pet tenha uma alimentação adequada e segura, é importante escolher cuidadosamente o local onde colocar as vasilhas de comida e água. É recomendável que esses utensílios fiquem em um ambiente tranquilo e limpo, para que o animal se sinta à vontade durante a refeição.

Alguns animais podem se tornar agressivos enquanto comem, especialmente em presença de estranhos. Por essa razão, é desaconselhável deixar as vasilhas em áreas comuns do apartamento, como a sala de jantar ou de estar. Prefira a área de serviço ou a cozinha.

Se você e sua família passam a maior parte do tempo fora de casa, é fundamental garantir que seu pet tenha água em abundância, especialmente durante o verão. Já a quantidade de comida oferecida deve ser adequada ao porte e às necessidades do animal. 

5. Passeie todos os dias

Todos os cães precisam passear para gastar energia e receber novos estímulos, mas isso se torna ainda mais crucial para cachorros que vivem em apartamentos. Por isso, é importante passear diariamente com o pet, de preferência mais de uma vez ao dia.

Isso porque ficar trancafiado o dia todo pode fazer com que o animal fique ansioso, entediado e desenvolva comportamentos indesejados, como latidos em excesso ou atitudes destrutivas. Para evitar isso, é essencial estabelecer uma rotina de passeios, que deve acontecer sempre no mesmo horário e ter duração de, no mínimo, meia hora.

Além disso, descer para o pet place do seu condomínio também é uma ótima opção, pois ajuda a gastar energia e é uma oportunidade para o pet socializar com outros cães e pessoas, tornando-o mais equilibrado e feliz. Se você ainda não desfruta dessa facilidade, mas gostaria, que tal dar uma olhada nas opções de imóveis que a MRV tem? Quem sabe você não encontra o apê perfeito pra você e seu “auminguinho” na região que sempre sonhou em morar?

Agora, se o problema maior é realmente o tempo, procure saber se no seu condomínio há quem passeie com os cães como uma fonte de renda extra.

6. Enriqueça o ambiente com brinquedos

Além dos passeios, é importante que os tutores ofereçam brinquedos que estimulem diferentes instintos e gasto de energia, especialmente para os filhotes, pois se não tiverem como gastá-la, podem começar a destruir a casa e seus móveis podem não sobreviver. 

Por isso, disponha de brinquedos tradicionais, como bichinhos e bolinhas próprios para pets. Também é recomendado investir em mordedores e quebra-cabeças que desafiem a cognição do pet a fim de manter o animal estimulado e ocupado.

Outra dica importante é não servir a ração diretamente em um comedouro, mas sim por meio de brinquedos recheáveis. Essa abordagem é especialmente útil para cães que adoram buscar e mastigar. Os brinquedos recheáveis permitem que o cachorro tenha que trabalhar para encontrar e comer sua comida, o que não só o distrai, mas também o ajuda a gastar energia e a estimular seu olfato.

7. Brincadeiras e recreação

Muitos cães que vivem em apartamentos seguem seus tutores de um lado para o outro, esperando por atenção e companhia. No entanto, é importante ressaltar que estar presente fisicamente não é a mesma coisa que dedicar tempo de qualidade ao seu animalzinho. Muitos donos acabam confundindo essa presença constante com o cuidado necessário para manter seu pet saudável e feliz. Os cães têm necessidades específicas e precisam de um tempo dedicado apenas para eles com carinhos e brincadeiras.

Busque reservar pelo menos uma hora do seu dia para interagir com seu cachorro. Essa interação pode incluir jogos, treinamento, caminhadas ou simplesmente passar um tempo juntos no sofá. Não importa como você escolha passar esse tempo, o importante é que seu animal se sinta amado e cuidado. 

8. Mantenha o ambiente limpo

Seu cachorro merece um ambiente limpo e confortável! Por isso, atente-se aos locais por onde ele transita no apartamento, como sofás, camas e tapetes, pois esses lugares podem acumular pelos, maus cheiros, pulgas e até mesmo urina.

Para evitar que esses ambientes fiquem sujos e afetem o bem-estar da sua família e do seu cãozinho, é recomendado fazer uma higienização mais profunda de tempos em tempos. Além disso, é importante garantir a limpeza dos locais onde o cachorro passa mais tempo, como a casinha.

 9. Conheça as regras do seu condomínio

Embora o Art. 5º da Constituição Federal Brasileira garanta o direito de possuir um animal de estimação em apartamentos, é necessário seguir algumas regras impostas pelo condomínio. 

Alguns prédios têm regras específicas para a presença de animais de estimação, como o tamanho máximo permitido, o número de animais por apartamento e a necessidade de uso de guias e coleiras nas áreas comuns. Caso o condomínio proíba a presença de animais, é possível entrar com uma ação judicial para contestar a decisão.

Para quem aluga um apartamento, é importante verificar com o proprietário a possibilidade de ter um animal de estimação. Alguns contratos de locação possuem cláusulas que proíbem a presença de animais no imóvel, o que pode gerar problemas para o inquilino. É importante também se responsabilizar pelos possíveis danos causados pelo animal no imóvel e manter a higiene do espaço.

 10. Segurança sempre

A segurança do seu cachorro é extremamente importante e não pode ser negligenciado. Antes de trazê-lo para o seu apartamento, é importante que você realize uma vistoria completa na casa, checando se existem objetos ou locais que possam representar riscos para o animal. É fundamental, por exemplo, instalar telas de proteção nas janelas das varandas para evitar quedas.

As plantas também são um ponto de atenção. Algumas delas podem ser tóxicas para os cachorros e oferecer riscos à saúde deles. Antes mesmo de receber o novo membro da família, verifique se há alguma planta que possa representar perigo e, se necessário, substitua-as por plantas pet friendly.

Com um pouco de preparação e atenção, é possível deixar qualquer ambiente aconchegante e seguro para seu pet e sua família. Quer mais uma mãozinha? Confira também os 5 acessórios para pet que podem ajudar a sua rotina doméstica com o seu cãozinho.