Você quer comprar a tão sonhada casa própria, mas muitas vezes se pega pensando se vale ou não a pena entrar em um financiamento imobiliário? Como tudo na vida, parcelar dívidas têm os seus prós e contras. Por um lado, se tem o receio de não conseguir honrar o pagamento. Por outro, existe a possibilidade de conquistar o seu bem sem ter que esperar tanto tempo. Para ajudar nessa decisão, separamos as três principais vantagens e as três maiores desvantagens de recorrer ao crédito imobiliário.

Vantagens do financiamento imobiliário

1. O processo de avaliação do financiamento imobiliário é bem simples

Com o auxílio de um corretor de imóveis você escolhe uma casa ou apê mais adequado à sua renda e faz uma simulação de financiamento em bancos ou construtoras. Depois de conferir os benefícios e taxas oferecidos, é hora de checar se tem o dinheiro necessário para a entrada – geralmente 20% do valor total do imóvel – e pagamento das parcelas mensais. Então, se estiver preparado para assumir a dívida, basta reunir toda documentação necessária para o financiamento pedida pelas instituições e aguardar a aprovação do crédito. Até o valor do ITBI pode ser inserido em algumas modalidades de financiamento.

2. Você não precisa esperar por muito tempo para ter a casa própria

O crédito é uma ótima opção para quem acredita ter encontrado o imóvel perfeito e quer aproveitar a oportunidade para comprá-lo. Ao invés de ter que poupar dinheiro por anos até conseguir a quantia exata para o pagamento do imóvel, o financiamento permite que em cerca de um mês tudo esteja resolvido, pois com a liberação do crédito pelo banco, o pagamento é feito ao vendedor e o imóvel já pode ser liberado para uso. 

3. Pagar a longo prazo pode ajudar o planejamento financeiro

O crédito imobiliário costuma ser feito por até 35 anos. A aprovação do número de parcelas, no entanto, varia conforme a renda familiar do comprador, pois não pode exceder 30% do valor da renda familiar bruta. Diluir o valor do imóvel em prestações que cabem no seu bolso, é uma forma de gerar comprometimento em destinar a verba para a realização do sonho da casa própria e permite fazer um planejamento financeiro familiar para tal.

Para calcular com maior segurança  o tempo ideal para pagamento do crédito, você precisa pensar no valor da parcela que poderá assumir, somá-la às suas despesas fixas e fazer um planejamento detalhado de gastos. Se optar pelo financiamento e, durante o percurso, tiver um aumento de salário, por exemplo, pode pedir ao banco um reajuste no valor da parcela, o que reduzirá o tempo de financiamento e, consequentemente, os juros que atuam sobre o saldo devedor. Há ainda a possibilidade de abater a dívida com o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e, se após um determinado período, precisar de uma pausa no financiamento habitacional, para os contratos feitos com a Caixa Econômica Federal há a possibilidade de solicitá-la.

Desvantagens do financiamento imobiliário

1. Apesar de fixas, os juros do financiamento imobiliário são mais altos

Atualmente, as instituições financeiras estão cobrando taxas, em média, de 8% ao ano. Considerando a grande quantidade de anos do financiamento, o valor final investido será bem maior que o valor do imóvel no momento da compra. 

É preciso também estar atento ao índice de correção. Em entrevista para à CNN Brasil, a advogada especializada em financiamentos imobiliários, Daniele Akamine, avalia que dentre as opções de financiamento, a mais vantajosa é a com correção da Taxa Referencial (TR), atualmente zerada, por “manter a previsibilidade no valor das parcelas, bem como no saldo devedor”.

2. Compromisso com o início dos pagamentos é inadiável 

Possíveis atrasos na conclusão das obras e/ou entrega das chaves, devem ser levados em consideração na hora de fechar um financiamento, pois, depois de fechado, não há flexibilidade para o início do pagamento das parcelas. Portanto, é aconselhável não fechar negócio, caso você tenha um prazo muito apertado para se mudar. Se quiser adquirir o bem, mesmo com a possibilidade de mudanças no cronograma de obra, conte com um planejamento financeiro familiar que atenda esses desencontros de contas como, por exemplo, uma reserva de emergência para pagar mais meses de aluguel.

A dica é contar o auxílio de um corretor de imóveis e procurar empreendimentos realizados por corretoras / incorporadoras idôneas. Para isso é necessário buscar o máximo de informações possível a fim de entender a integridade e capacidade das empresas em atender aos prazos estipulados em contrato.

3. Dívida de longo prazo

Se é difícil fazer planos para curto prazo, imagina para muitos e muitos anos? O medo de comprometer a renda familiar ou perder o emprego são os principais fatores que fazem os compradores desistirem do financiamento. Por isso, é preciso avaliar bem a sua situação financeira antes de fechar um negócio. Muitas vezes é melhor se planejar financeiramente para juntar o dinheiro para dar a entrada e pagar as taxas de documentação para, só depois, assumir um crédito imobiliário.
Em qualquer situação, não ter pressa é a regra de ouro. Antes de tomar uma decisão é importante pesquisar bastante e entender como funciona o Sistema de Financiamento da Habitação e as condições oferecidas pelas instituições financeiras, levando em consideração seu momento de vida e o seu planejamento financeiro. Pesar bem os prós e contras é importante para que você escolha a melhor opção para sua realidade e siga no caminho da conquista do tão sonhado lar.