No pain, no gain! Como diz a famosa frase em inglês, “sem dor, sem ganho”. Quando o assunto é dinheiro, ela também se encaixa perfeitamente. Afinal, toda mudança de hábito e disciplina, pelo menos no começo, pode parecer desafiadora. Mas fazendo da educação financeira um processo contínuo de aprendizado e tendo em mente que ela pode te ajudar a alcançar mais rapidamente os seus objetivos, tudo fica mais fácil. No guia abaixo, trouxemos algumas dicas e conceitos básicos sobre o tema para te ajudar a ter decisões financeiras mais conscientes e criar de vez uma relação inteligente (e pacífica!) com seu dinheiro.
O que é educação financeira?
Uma pesquisa realizada pelo Estadão, revela que 52% dos brasileiros não sabem como se planejar financeiramente, enquanto 46% não se sentem seguros para estipular metas de longo prazo. Diante disso, se mostra fundamental a difusão de conhecimento para que possamos ter o controle das próprias finanças.
A educação financeira é o conjunto de conhecimentos e habilidades que te permite:
- Compreender as suas finanças: é preciso saber quanto você ganha e gasta, e onde seu dinheiro está indo.
- Criar um orçamento: procure planejar seus gastos e definir seus objetivos financeiros.
- Investir seu dinheiro: tenha como meta fazer seu dinheiro crescer e alcançar seus objetivos de longo prazo.
- Proteger o seu futuro: preparar-se para imprevistos e garantir sua segurança financeira.
Os 4 pilares que norteiam a educação financeira
- Reconhecer: entender sua situação financeira atual e seus objetivos.
- Registrar: anotar todos os seus gastos e receitas.
- Revisar: analisar seus gastos e fazer ajustes no seu orçamento.
- Realizar: alcançar seus objetivos financeiros.
Veja algumas dicas para dominar as suas finanças
1. Reconhecer dificuldade em lidar com finanças é o primeiro passo para controlá-las
A educação financeira é o processo contínuo de aprender a gerenciar o seu dinheiro de forma eficaz. Ela te ensina a tomar decisões financeiras conscientes e alcançar seus objetivos de curto, médio e longo prazos. Então, é preciso encarar o problema de frente se quiser resolvê-lo. Mas isso só é possível se, antes, você admitir que tem um problema e reconhecer que é importante saná-lo. Se este já é o seu caso, confira as próximas dicas.
2. Defina seus objetivos financeiros
O que você quer alcançar com seu dinheiro? Uma casa própria, um carro novo, a viagem dos sonhos? Pare, pense e crie estratégias para economizar e poupar para realizar suas metas. Além de te guiar, ter os objetivos claros vai ser aquela dose de energia para seguir em frente e não desistir.
3. Registre suas finanças
Anote todos os seus gastos e receitas para saber quanto de dinheiro entra e sai mensalmente. Assim você terá uma visão geral se a conta “fecha”. Ou seja, se o que você está ganhando é o suficiente para suprir o tanto que você gasta. O saldo no final, é claro, tem que ser sempre positivo.
Se após fazer esses registros você perceber que este não é o seu caso, é hora de olhar para cada item com mais atenção, vendo aquilo que você pode eliminar de vez da sua vida e o que você pode substituir por opções mais em conta, como você pode conferir neste artigo que traz as 5 melhores práticas para controlar os seus gastos pessoais.
Lembre-se: às vezes, é preciso descer um degrau para continuar a subida. Então, não tenha receio de abrir mão de algumas coisas, visando um objetivo maior e mais duradouro.
Se precisar de uma ajudinha nos rendimentos para conseguir colocar as contas em dia, avalie a possibilidade de conseguir uma renda extra. Pode ser vendendo alguns itens que você já não usa mais e só estão ocupando espaço, transformar algum hobby em fonte de receita ou mesmo uma atividade extra.
4. Faça um planejamento financeiro
Após essas medidas, é hora de revisitar os seus registros, transformando-os em um planejamento financeiro. Mas não precisa temer. A tarefa pode ser mais simples do que você imagina, podendo ser feita até em um simples caderno.
A ideia é a mesma que a do registro de gastos – ter conhecimento das informações, deixando-as mais visíveis e organizadas. A diferença é que, enquanto os registros são baseados no passado (gastos que você já fez e ganhos que você já teve), o planejamento foca no futuro: o quanto você vai ganhar e o quanto você pode (e vai!) gastar. Neste artigo tem tudo para te ajudar a colocar o seu em prática já! Se preferir, você também pode se orientar por este guia, feito especialmente para quem vai começar um planejamento financeiro doméstico do zero!
5. Acompanhe seus gastos
Agora que você já conhece os seus gastos e já tomou as decisões necessárias para manter as contas em equilíbrio, registrando tudo em um planejamento financeiro, é hora de acompanhá-lo.
Tente seguir à risca o que você planejou e tomar medidas rápidas caso perceba algum deslize. Tomar os cuidados para não “cair na tentação” de fazer compras não previstas e gastar o que não foi planejado é essencial, além de algumas pequenas mudanças que podem te ajudar a economizar sem grande esforço. Para facilitar essa tarefa, utilize aplicativos ou planilhas para controlar seus gastos.
Esses conteúdos também podem te ajudar, mostrando oportunidades de economia que talvez você nem imagina:
- 3 dicas para o consumo consciente de roupas;
- Como economizar no mercado? Faça seu dinheiro render mais!;
- Dicas para economizar ao comprar eletrodomésticos;
- 9 truques para economizar energia elétrica no verão;
- 7 dicas pra economizar água e reduzir a conta.
6. Pague suas dívidas
Priorize quitar suas dívidas com juros mais altos. Primeiramente, pague as suas contas de consumo, claro! Com as despesas essenciais pagas, procure quitar ou renegociar, por exemplo, as parcelas do cartão de crédito ou empréstimos e lembre-se de jamais fazer essas 7 coisas.
Se você está com o nome negativado, vale a pena conhecer e ficar de olho na próxima edição do programa para renegociação de dívidas Desenrola Brasil. Agora, se ainda não sabe a real condição do seu nome, veja aqui como consultar.
7. Faça uma reserva de emergência
Com as contas equilibradas e as dívidas pagas, é hora de dar mais um passo importante para a sua independência financeira. O ideal é que você tenha como meta guardar o valor equivalente a um período de três a seis meses de seus gastos para imprevistos.
8. Invista seu dinheiro
Reserva garantida, é hora de focar no seu crescimento! Comece fazendo com aplicações de baixo risco e diversifique seus investimentos, sempre buscando informações e empresas de confiança.
9. Planeje sua aposentadoria
Nem sempre a gente pensa no futuro, mas ele chega e você não vai querer passar perrengues quando a idade chegar. Comece já a poupar para sua aposentadoria. Além da contribuição ao INSS, há também diversas opções de previdência privada. Conheça aqui!
10. Faça um seguro de vida
E já que estamos falando sobre segurança e planejamento futuro, é preciso pensar também em quem a gente ama. Informe-se sobre o que é o seguro de vida, sua importância e o que é preciso para contratá-lo. Você pode se surpreender ao descobrir quanto custa deixar sua família resguardada financeiramente em caso de sua falta. Além disso, o seguro de vida também tem coberturas para você, por exemplo, em caso de acidentes.
11. Ensine seus filhos sobre educação financeira
Ajude seus filhos a aprender a lidar com o dinheiro desde cedo. Assim, eles já irão crescer com uma relação mais saudável com o dinheiro e alinhados à prática do consumo consciente, o que também é bom para a sustentabilidade do planeta.
12. Consulte um profissional de educação financeira
Busque ajuda profissional para te orientar em suas decisões financeiras. Algumas instituições financeiras, como o Serasa, costumam disponibilizar atendimento gratuito ao público. Além disso, existem vários sites e canais na internet criados por consultores financeiros que disponibilizam informações de qualidade gratuitamente.
13. Comece pequeno
Ter disciplina é bom, mas respeitar o seu limite, reconhecer cada pequeno passo e aproveitar a jornada também são importantes para manter-se motivado em continuar.
Comece com pequenas mudanças e vá se desafiando um pouco mais, aumentando gradualmente seu esforço em cumprir com o que se propôs para atingir a sua meta. Como mostramos neste artigo, pense grande, aja pequeno, pois a consistência vale muito mais na conquista de algo maior.
14. Seja paciente e celebre cada conquista
A educação financeira é um processo contínuo. Portanto, não espere resultados da noite para o dia. E como as grandes conquistas tendem a se concretizarem no longo prazo, é essencial lembrar-se de celebrar cada pequeno passo: não espere para ser feliz só no final!
15. Mantenha o foco na educação financeira
Não desista dos seus objetivos, mesmo diante das dificuldades. Uma dica para manter-se focado no que é bom é a técnica do quadro dos sonhos.
Cuidar de si e da sua saúde mental também pode te ajudar a ser mais resiliente e focado. Que tal conhecer o conceito de produtividade compassiva e a diferença entre estar ocupado e estar produtivo. No mais, confie, capriche e conquiste!