Sinal de independência e de progresso na vida, a casa própria está entre as principais metas da população brasileira. No entanto, como a vontade e a necessidade nem sempre vêm acompanhadas de dinheiro suficiente para realizá-las, grande parte das pessoas acaba adiando a conquista ou a mantém apenas no campo dos sonhos inalcançáveis.
O melhor de tudo é que, mesmo se não der para fazer a compra à vista, com o financiamento de imóveis você poderá concretizar o seu desejo. Confira 9 dicas que ajudarão na obtenção do crédito perfeito para o seu perfil!
1. Conheça o total dos rendimentos pessoais e familiares
O primeiro passo que você deve dar para seu financiamento de imóveis ser aprovado é saber com exatidão o total da sua renda pessoal ou familiar. Ter clareza quanto a esse valor é crucial, pois a partir dele é possível estabelecer a faixa de preço do apartamento que você poderá comprar.
Veja que a soma dos recursos pode ser dos ganhos de uma pessoa só ou abranger os rendimentos de vários integrantes do grupo familiar. Em ambos os casos, o valor comprovado será utilizado como base de cálculo para a instituição financeira avaliar a capacidade de pagamento ao analisar a sua solicitação do financiamento.
2. Entenda o seu orçamento
Assumir com tranquilidade as parcelas do seu futuro apartamento tem relação com um orçamento equilibrado. Para perceber se as suas finanças estão em ordem, compreenda como anda o seu orçamento.
Nesse sentido, considere as entradas de recursos mensais, some todas as suas despesas do período e as subtraia do seu rendimento. O ideal é que você encontre um saldo positivo, com valor suficiente para cobrir a prestação do financiamento.
Se o saldo for zero ou se você notar a existência de dívidas, será preciso tomar providências que mudem tal contexto. Reduções e cortes de gastos podem ser necessários até que a situação consiga ser revertida.
3. Elimine o excesso de compromissos financeiros
Comprometer o mínimo possível dos ganhos mensais abrirá espaço no seu orçamento, de forma a comportar com tranquilidade as prestações do seu apartamento próprio. Para isso, é importante quitar os débitos em andamento, tais como parcelamentos de dívidas no cartão de crédito e prestações de compras.
Realizadas tais quitações, concentre seus esforços em não contrair novos débitos mensais. Uma boa maneira de atingir esse objetivo é se programar para as compras de maior valor — quando tais aquisições forem indispensáveis.
Evitar comprar por impulso e não parcelar no cartão as contas de casa e do supermercado são medidas úteis para escapar das famosas “bolas de neve” na vida financeira.
4. Faça uma simulação
Fazer uma simulação de financiamento é uma forma prática para você compreender o valor da prestação que cabe no seu orçamento. As boas construtoras permitem fazer a simulação pela internet sem nenhum compromisso.
Acessar o simulador de uma construtora com foco no Casa Verde e Amarela vai permitir, inclusive, saber o valor do subsídio previsto para a compra. Conhecer esse aspecto da aquisição talvez seja exatamente o que você precisa antes de dar o próximo passo e realizar o seu sonho.
Ao reunir informações sobre o valor da entrada e das prestações — e sobre o subsídio governamental, quando se tratar do Casa Verde e Amarela —, você terá plenas condições de escolher o financiamento mais apropriado para o seu perfil.
5. Escolha o financiamento de imóvel certo para o seu perfil
No Brasil, existem várias linhas de crédito imobiliário — o que torna a casa própria acessível para muita gente. Portanto, você deve avaliar em qual delas você se enquadra de maneira mais confortável.
Com o financiamento diretamente com a construtora, por exemplo, a aquisição do imóvel fica bastante facilitada — ainda mais se o imóvel estiver na planta, o que permite que o negócio seja fechado sem grandes burocracias e com um pequeno sinal.
Outro exemplo de crédito fácil é o programa Casa Verde e Amarela, do Governo Federal. Por ele, mesmo pessoas com pouca renda conseguem obter financiamento imobiliário.
Complementando essas modalidades de financiamento de imóveis, as alternativas para comprar parcelado incluem as demais linhas de crédito imobiliário em vigor no País. São os financiamentos operados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), além daqueles com recursos da carteira hipotecária.
Esses diferentes financiamentos se distinguem pelas taxas de juros e por índices adotados para a correção das parcelas. Outra característica que os diferencia entre si diz respeito aos recursos que cada um possibilita usar para a quitação ou a amortização da dívida.
6. Esteja em dia com as instituições de crédito
A pessoa que tem o “nome sujo” dá um claro indício de que a vida financeira não anda bem, e isso significa um problema para quem pretende assumir uma prestação.
Além disso, se o seu financiamento não for aprovado pelo programa do governo, você terá que recorrer a outra linha de crédito que exigirá o nome limpo. Portanto, se você está nessa situação, o melhor a fazer é regularizá-la antes de buscar financiamento.
Alcançar esse intuito demanda, logicamente, colocar em dia os débitos já vencidos. De acordo com o tempo de atraso, os pagamentos que não estão em dia passam a ser negociados junto a empresas especializadas — e identificar com quem tratar é um bom começo.
Vale destacar que na maioria das vezes é possível parcelar os valores atrasados, e que, após pagar a primeira prestação de um acordo, já ocorre a exclusão do apontamento nos órgãos de proteção ao crédito.
7. Analise a possibilidade de usar o FGTS
Se você contribui com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) há pelo menos três anos, contínuos ou não, você pode utilizar o saldo da sua conta vinculada na compra do imóvel — isso ainda que ela esteja ativa, desde que sejam cumpridos alguns critérios.
Entre esses requisitos está o imóvel se localizar na mesma cidade onde você mora ou trabalha e não haver nenhum financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) em seu nome.
Comprovadas as condições favoráveis à utilização dos valores depositados, você pode exercer o seu direito de empregar tais recursos para pagar pela aquisição imobiliária.
Para saber em qual situação você se enquadra e se usar o FGTS é uma possibilidade, basta consultar o seu extrato completo. Ele é disponibilizado no site do Fundo e apresenta todas as contas vinculadas do FGTS para o número de inscrição informado.
Lá você vai encontrar os valores atualizados e cada um dos lançamentos feitos nas suas contas a partir do depósito inicial.
8. Junte recursos para o valor da entrada
Quando se tem o propósito de comprar um imóvel por meio de financiamento imobiliário é fundamental contar com o valor da entrada. Sem essa quantia não é possível realizar a aquisição, pois é necessário pagar uma porcentagem do valor total da propriedade ao contratar o crédito imobiliário.
Essa quantia varia, mas costuma ser necessário ter no mínimo 20% do valor do imóvel para dar a título de entrada. Esse valor pode ser muito mais alto, dependendo das particularidades de cada negociação.
A boa notícia fica por conta de ser possível parcelar a entrada. Tal condição diferenciada tende a ser obtida no financiamento realizado diretamente com a construtora.
Isso acontece porque as melhores empresas do ramo costumam viabilizar fluxos de pagamentos capazes de caber no bolso do comprador. Dependendo do caso, o sinal pelo imóvel chega a ser parcelado em até 72 vezes, ficando bem mais simples de pagar.
9. Reúna a documentação para solicitar o crédito
Para financiar um imóvel é preciso apresentar uma série de documentos e comprovações. São certidões e registros que servem para atestar a identidade, o estado civil e a regularidade do comprador junto à Receita Federal.
Os ganhos que formam a renda pessoal e ou familiar também precisam ser comprovados, pois serão avaliados na etapa de análise da capacidade de pagamento. Essa papelada, embora não inclua documentos difíceis de conseguir, pode demandar certo tempo até ser completamente reunida.
Por isso, assim que decidir partir para a aquisição do imóvel próprio, comece a juntar os originais que comprovam sua situação civil e sua renda bruta. Na maioria dos casos é solicitada a apresentação dos documentos originais, portanto, caso falte algum deles, providencie-os o quanto antes. Dessa maneira, você afasta o risco de ver seu financiamento atrasar na fase da documentação.
Se você chegou até aqui, você já sabe o que é preciso para financiar um imóvel. Antes de mais nada, você deve caprichar no planejamento financeiro, pois não dá para cogitar uma aquisição de porte tão elevado se o seu orçamento estiver desorganizado ou, pior ainda, você tiver dívidas em aberto e juros para pagar todos os meses. Feito isso, você pode começar sua pesquisa por propriedades e pela instituição financeira que mais se aproxime de suas demandas e expectativas. No Brasil, o maior concessor de crédito no segmento é a Caixa Econômica Federal, que conta com ampla expertise no ramo e dispõe de linhas variadas, algumas das quais a partir de programas do Governo Federal.