A locação de imóveis é uma atividade comum, tanto para o locador, que busca gerar renda, quanto para o locatário, que procura um local para residir. No entanto, quando se trata de aluguel de imóveis, muitas particularidades precisam ser vistas na hora de assinar um contrato. Uma dessas particularidades é a possibilidade de sublocação de imóvel.

A sublocação de imóveis é uma prática bem conhecida no mercado imobiliário, porém, pode gerar dúvidas e exige atenção em alguns pontos. Para esclarecer todas as informações importantes sobre o tema, iremos responder a algumas dúvidas comuns. Continue a leitura!

O que é sublocação de imóvel?

A sublocação de imóvel é uma opção para inquilinos que precisam se desfazer do contrato de locação antes do prazo estabelecido, sem precisar pagar as multas previstas. Nesse caso, o inquilino se torna o sublocador e busca um novo locatário para assumir o contrato do aluguel.

Embora inicialmente pareça estranho, essa prática é legal e regulamentada pela Lei do Inquilinato. No entanto, todas as partes envolvidas devem estar cientes e autorizarem por escrito. O processo de sublocação é semelhante ao de uma locação convencional, com o sublocatário assumindo as responsabilidades referentes à conservação do imóvel e pagamento das despesas.

Vale ressaltar que a sublocação sem autorização do locador original é uma violação do contrato de locação. Portanto, o descumprimento pode trazer sanções para o locatário, incluindo a rescisão do contrato. Por isso, é importante observar todas as cláusulas relacionadas à sublocação no contrato e buscar orientação jurídica em caso de dúvidas.

Lei do Inquilinato

A Lei do Inquilinato é a principal regulamentação de contratos de aluguel, incluindo a prática da sublocação de imóveis. É essencial lembrar que as mesmas regras aplicáveis aos contratos de locação se aplicam também à sublocação, e que a sublocação terá o seu fim juntamente com o contrato original. Caso a sublocação tenha uma interrupção antes do término do contrato original, o sublocatário tem direito a uma indenização por parte do sublocador.

A legislação estabelece ainda que o valor do aluguel da sublocação não pode ultrapassar o valor do aluguel do contrato original, exceto em casos de imóveis multifamiliares, nos quais o total dos aluguéis das sublocações não pode ser maior que o dobro do valor do aluguel original.

Lembre-se que o uso do imóvel sublocado deve ser feito de acordo com o contrato original. Se o imóvel foi alugado para fins residenciais, a sublocação também deve ser utilizada para esse fim.

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O sublocatário tem a responsabilidade de zelar pelo imóvel e devolvê-lo ao sublocador nas mesmas condições em que houve o acordo foi firmado.

Contrato de sublocação de imóvel

O contrato de sublocação é uma parte fundamental para formalizar a transação e estabelecer os direitos e deveres das partes envolvidas. Por isso, deve especificar o objetivo contratual, o valor do aluguel, a duração da sublocação e as obrigações das partes.

Uma das principais questões a serem definidas no contrato é o período da sublocação, que não pode extrapolar o período acordado no contrato de locação original. Isso significa que a sublocação só pode ser feita durante o período em que o imóvel está locado pelo sublocador.

Outra questão importante é a responsabilidade pelo pagamento de tributos, como o IPTU e a taxa de incêndio. Essas despesas podem ser de responsabilidade do sublocador ou do sublocatário, dependendo do acordo entre as partes.

Assim como no contrato de locação, o documento de sublocação também pode incluir uma modalidade de garantia, como caução, fiador, seguro-fiança ou cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento. Essas garantias têm como objetivo assegurar o cumprimento das obrigações do sublocatário durante a sublocação.

Por fim, é importante destacar que apenas o sublocador e o sublocatário devem assinar o contrato de sublocação, bem como o fiador, quando aplicável. É fundamental que todas as partes leiam e entendam o contrato antes de assinar, a fim de evitar possíveis conflitos futuros.

Quando a sublocação não é permitida?

Como já explicamos, a sublocação de imóvel é uma prática permitida por lei, desde que haja autorização expressa do locador original. É importante que todas as partes envolvidas estejam cientes de que a sublocação sem autorização pode configurar um crime.

De acordo com o artigo 13 da Lei do Inquilinato, a cessão da locação, a sublocação e o empréstimo do imóvel, total ou parcialmente, dependem do consentimento prévio e escrito do locador. Isso significa que o sublocatário deve obter uma autorização por escrito do proprietário do imóvel antes de sublocar o espaço.

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Além disso, como citado anteriormente, o valor do aluguel da sublocação não pode ser superior ao valor estipulado no contrato de locação original, conforme estabelecido no artigo 21 da mesma lei. 

Em suma, caso o locador não concorde com a sublocação, o sublocatário não poderá realizar a sublocação do imóvel. É importante que todas as partes estejam cientes das obrigações e limitações estabelecidas pela lei para evitar problemas futuros. Dessa forma, a sublocação de imóveis pode ser uma solução vantajosa para todas as partes envolvidas, desde que seja realizada dentro dos termos estabelecidos pela lei.

Se o locatário sublocar o imóvel sem obter a autorização prévia do locador, as consequências podem ser graves, incluindo o encerramento do contrato de locação devido ao descumprimento contratual, despejo do imóvel e o pagamento de multas.

Em resumo, sublocação é uma prática legal, mas é preciso atenção às responsabilidades e à legislação. Caso seja feita de forma incorreta, pode colocar em risco a locação original e resultar em uma dívida significativa.